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Legislação ameaça novas temporadas na HBO Séries nacionais 'FDP' e 'Preamar' não estrearam, mas direitos geram entrave sobre continuação ANNA VIRGINIA BALLOUSSIERENVIADA ESPECIAL AO RIO O show deve continuar. Mas séries da TV paga que sequer estrearam já correm o risco de interrupção. É o caso das coproduções da HBO com produtoras brasileiras "FDP" (Prodigo), sobre um árbitro, e "Preamar" (Pindorama), saga de um rico falido que vira barraqueiro numa praia carioca. As primeiras temporadas devem estrear no segundo semestre. O canal tinha em mente parcerias que rendessem novos capítulos, mas impasse sobre os direitos pôs freio nas negociações. A "deliberação nº 95", da Ancine (Agência Nacional do Cinema), determina que produtoras detenham ao menos 51% dos direitos se as obras usarem recursos públicos. O problema, para o mercado, é que o canal se arrisca a perder o produto no qual investiu. Não há nada que impeça o produtor, por exemplo, de levar nova temporada da série para a concorrência. Embora a Ancine esteja certa em defender o produtor nacional, o texto atual gera "entrave jurídico", diz Adriano Civita, da Prodigo. "A parceria tem de ser uma relação prazerosa. Não dá para a gente casar com desconfiança." Para o advogado José Maurício Fittipaldi, a regra deveria ser mais flexível, "para que canal e produtora tivessem liberdade para negociar pontos do contrato". "O que faz alguém querer seguir é a boa parceria", diz o presidente da Ancine, Manoel Rangel. Até o fechamento desta edição, a HBO não respondeu à reportagem. A jornalista ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER viajou a convite do Rio Content Market Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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