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Festa para Drummond em São Paulo emociona neto do poeta

FABIO VICTOR
DE SÃO PAULO

Um teatro do Sesc Vila Mariana cheio aplaudiu de pé, terça à noite, a poesia de Carlos Drummond de Andrade.

Poemas do mineiro cujo nascimento completa 110 anos (nasceu em 1902 em Itabira e morreu em 1987 no Rio) foram lidos e musicados por artistas como Arnaldo Antunes, José Miguel Wisnik, Arrigo Barnabé, Emicida e Marcelo Jeneci, diante de projeções de versos do escritor.

Na plateia estava Pedro Graña Drummond, 52, um dos três netos do poeta.

"Vim sem lenço, despreparado para tanta emoção. Estou comovido em ver como São Paulo está tratando a poesia de Carlos. Agradeço à cidade por este abraço", disse.

A apresentação foi promovida pela Companhia das Letras, que começou a reeditar a obra de Drummond, com "A Rosa do Povo", "Claro Enigma", "Contos de Aprendiz" e "Fala, Amendoeira". Pedro Drummond disse que a família gostou das primeiras edições. "A obra do Carlos nunca recebeu esse tratamento."

Batizado de "Drummond e o Mundo", o encontro teve a exibição de vídeos feitos por Carlos Nader e pelo IMS.

O evento, dirigido e apresentado por Wisnik, teve direção de arte de Daniela Thomas. O professor e músico justificou o título do espetáculo dizendo que nenhum outro poeta usou tanto em seus versos a palavra "mundo".

Ao abrir a noite, o dono da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, disse que se tratava do momento mais importante de sua vida de editor.

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