Painel das Letras

Mudanças no Jabuti

Depois de uma edição com vários finalistas desclassificados por não serem inéditos, o Prêmio Jabuti anunciará algumas mudanças no regulamento deste ano. A principal é o esclarecimento, antes ausente, de que, entre as antologias, só podem concorrer aquelas compostas por textos integralmente inéditos -com isso, um livro como "Poesia Completa" (Leya), de Manoel de Barros, por exemplo, que no ano passado foi finalista, não poderá concorrer. Além disso, será criado um conselho curador, composto por "notáveis da área de literatura, especialistas em livro, em leitura e na área científica", que decidirá sobre casos omissos no regulamento.

Estreantes de peso na Flip

Teju Cole, 36, que nesta semana venceu o Hemingway/PEN Award de melhor ficção pelo romance "Cidade Aberta", estará na Flip, em julho.
Americano criado em Lagos, na Nigéria, o autor foi aclamado por sua estreia literária, sobre um estudante de psiquiatria nigeriano que vaga por Nova York.
O livro, finalista do National Book Critics Circle Award, sai em junho pela Companhia das Letras.
Outro que deve vir à Flip deste ano é Richard Sennett, 59, sociólogo e historiador norte-americano.
Dele, a editora Record lança em julho "Juntos" e reedita "Declínio do Homem Público", que já foi do catálogo da Companhia das Letras.
O escritor francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, 61, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2008, também vem para o evento deste ano.
Le Clézio escreveu mais de 40 livros de ensaios e ficção, entre eles "Refrão da Fome" (Cosac Naify, 248 págs., R$ 52) e "Pawana" (Cosac, 64 págs., R$ 45).
Em junho, a Cosac ainda lançará no Brasil "História do Pé", seu último livro, publicado na França em 2011
A Flip acontece de 4 a 8 de julho, em Paraty.

AMAZON

Pôster de Rich Black integra o livro de ensaios "Occupy", que a editora Boitempo lança com a Carta Maior em abril, a R$ 10 o impresso e R$ 5 o e-book; a editora fechou contrato com a Amazon para a publicação do e-book em inglês

Sem substituto A Record não terá diretor editorial após a saída de Luciana Villas-Boas, daqui a duas semanas. "Quando ela chegou, em 1995, eu tinha uma editora, agora são cinco. Aquela estrutura foi pensada em outra ocasião", diz Sérgio Machado, presidente do grupo.

Conselho Ele diz que em abril serão feitas duas contratações, já definidas, mas a reestruturação se dará só após a Feira de Frankfurt, em outubro. Em vez de um diretor, haverá um conselho editorial, presidido por Machado.

Estandes Com 94% da área de estandes vendida, a Bienal do Livro de São Paulo, em agosto, já tem mais expositores que em 2010, quando 350 participaram. A área do evento, no Anhembi, é a mesma (60 mil m2), mas uma redução nos espaços ociosos dará mais 2.000 m2 aos estandes.

Aqui antes A edição que a EdUFSC prepara para "Pensar em Não Ver", coletânea de ensaios sobre arte de Jacques Derrida (1930-2004), deve sair em junho, antes da francesa. O professor João Camillo Penna, da UFRJ, fez o meio de campo com a viúva, Marguerite Derrida, que cedeu os direitos.

Sinal dos tempos Não só a Companhia das Letras, com os selos que anunciou ontem, aposta em títulos mais comerciais. A Casa da Palavra, que sempre foi mais voltada à história e à cultura brasileira e está associada à Leya há nove meses, estreia neste mês o selo Fantasy, com o livro "John Carter: Entre Dois Mundos", de Rice Burroughs.

Best-sellers A editora carioca terá a literatura fantástica sob coordenação de Raphael Draccon, que descobriu para a Leya o best-seller "As Crônicas de Gelo e Fogo", de George R. R. Martin. Dos títulos previstos pelo Fantasy, o autor das "Crônicas"organiza um volume ("Ruas Estranhas") e coassina e coedita uma série que vai virar filme, "Wild Cards".

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