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Opéra "La Traviata" chega hoje a São Paulo Com 11 récitas, obra de Giuseppe Verdi (1813-1901) inicia temporada 2012 do Municipal IRINEU FRANCO PERPETUOCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA O título mais popular da temporada 2012 do Theatro Municipal de São Paulo também é o que vai ter maior número de récitas. Com 11 apresentações até o dia 7 de abril, estreia hoje a ópera "La Traviata", de Giuseppe Verdi, dirigida pelo italiano Daniele Abbado. "Nós já estamos nos preparando para 2013, quando serão comemorados os bicentenários de nascimento de Verdi e Wagner", explica o maestro Abel Rocha, diretor artístico do Municipal, que vai reger a ópera. "No ano que vem, devemos retomar essa 'Traviata', o 'Rigoletto' do ano passado, e o 'Macbeth' que faremos em novembro, com Bob Wilson." Rocha define como "modernismo tradicional", ou "tradição modernista", a linguagem do diretor de cena, que é filho do mítico regente Claudio Abbado. "A concepção dele representa um gosto contemporâneo, mas não é aquele moderno feito para chocar", afirma. O fato é que Abbado, que faz em São Paulo sua primeira "Traviata", criou uma montagem atemporal e praticamente desprovida de elementos de cena. O palco é inclinado, e o cenário, no formato de uma caixa (o que permite que as vozes dos cantores sejam projetadas para a frente), funciona com alçapões e paredes, que vão se deslocando. Com melodias bastante conhecidas, e que caem facilmente no ouvido, "La Traviata" é a ópera mais popular de uma temporada que terá títulos raramente feitos em São Paulo, como "Götterdämmerung", de Wagner, e "Pelléas et Mélisande", de Debussy. A essa popularidade se deve o número excepcionalmente alto de récitas -a casa costuma fazer, em média, cinco ou seis apresentações de cada ópera. Com tantas récitas agendadas, haverá nada menos que três protagonistas. A jovem russa Irina Dubrovskaya, de voz ligeira, canta hoje e sábado. De vocalidade mais robusta, Adriane Queiroz, a paraense que pertence à Staatsoper, de Berlim, faz cinco apresentações, a partir de amanhã. A soprano carioca Rosana Lamosa sobe ao palco quatro vezes, em abril. Nos outros papéis também há revezamento. Hoje, no sábado e na terça-feira, o tenor italiano Roberto de Biasio (que vem cantando no Metropolitan de Nova York) faz o papel de Alfredo. Já o seu pai é interpretado por um compatriota, o experiente barítono Paolo Coni, que já gravou com astros como Chailly, Muti e Solti. Nas demais apresentações, o elenco é complementado por vozes nacionais. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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