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Crítica show

Entre Elvis e Sinatra, Bublé comanda show de variedades

RONALDO EVANGELISTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A certa altura de seu show em São Paulo, anteontem, o cantor canadense Michael Bublé comentou a diferença entre a apresentação e as que fez no Brasil há quatro anos: "agora estou casado".

Os gritos que vieram em resposta renderam piada do crooner: "Gostei de metade de vocês ter vaiado e de a outra metade ter olhado para a mulher ou namorada e dito: 'Ah, por favor, ele é tão gay.'".

Enquanto se ajustavam em suas cadeiras, todas pareciam comportadas, como em um show de jazz.

Ao primeiro sinal da voz de Bublé, irromperam os gritos, os choros, os pulos na cadeira, a histeria coletiva e os celulares registrando todos os momentos.

Nada muito distante de uma apresentação de Justin Bieber. Ou de Frank Sinatra 70 anos atrás -exceto, talvez, pelos celulares.

Algo como um Elvis Presley infiltrado no Rat Pack de Sinatra ou um Dean Martin competindo no "American Idol", a presença elétrica de Bublé é movida pelo entretenimento puro.

Mestre de um show de variedades, ele regeu a banda como a uma orquestra por trás das cortinas.

Bublé correu, pulou, deslizou pelo chão, andou pela plateia, emprestou o spot-light para um rapaz pedir a namorada em casamento ("Tem certeza de que quer fazer isso?", perguntou antes), promoveu show de luzes, chuva de papel picado, jogou a toalha de rosto para as fãs.

Também cantou, virtuosisticamente, de standards como "Cry me a River" a canções pop como "Home", hiperdotado musicalmente e com seu sorriso de 1 milhão de dólares. Como faz todas as noites, com pouca variação.

MICHAEL BUBLÉ
AVALIAÇÃO bom

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