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Foco

MIS transforma 'lan house' em novo espaço expositivo

MATHEUS MAGENTA
DE SÃO PAULO

O Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, inaugurou anteontem um novo espaço expositivo, instalado na área em que antes funcionava uma "lan house".

A iniciativa ilustra um dos focos da gestão de André Sturm à frente da instituição, iniciada em junho de 2011: ocupar artisticamente espaços subutilizados ou até então destinados a outros fins.

"Por que fazer uma exposição se posso ter quatro ao mesmo tempo? E antes [a programação] era 100% arte eletrônica. Agora temos fotografia, cinema, gravação de discos", enumera Sturm.

O artífice da reorientação do MIS foi o secretário estadual da Cultura, Andrea Matarazzo. Anteontem, ele disse que, antes de sua intervenção, a instituição "estava um caos, fora de foco e [com perfil] hermético até para quem trabalhava aqui".

Sturm aproveitou a abertura do espaço para falar sobre o crescimento da média mensal de público do museu, de 4.500 visitantes em 2010 para 9.000 neste ano, segundo estimativas dele.

Mas há quem conteste a remodelagem do perfil do MIS. Para Giselle Beiguelman, professora da USP nas áreas de história da arte e design, as mudanças interomperam a discussão de uma política pública para a arte eletrônica implementada na gestão anterior, de Daniela Bousso.

"Sem fomento em torno da criação na artemídia, perdeu-se espaço no único local público em São Paulo ligado a essa produção", disse.

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