Crítica Ação

"Fúria de Titãs 2" zomba de mitos gregos em trama ruim

Quando foi lançado, no ano passado, "Fúria de Titãs" chamou a atenção pela a ruindade. Raquítica, a trama era mero pretexto para intermináveis cenas de pancadaria. Os produtores garantiram que a sequência da história teria um roteiro consistente. A promessa, no entanto, não foi cumprida.

O roteiro é um refogado de mitos gregos que provoca indigestão até no espectador menos versado no assunto. Condenado a ser o guardião do inferno, Hades (Ralph Fiennes) execra seus irmãos Zeus (Liam Neeson), que reina sobre a Terra e o céu, e Poseidon (Danny Huston), o rei dos mares.

Até aí, nada de novo.

A bagunça começa quando Hades se alia a Ares (Edgar Ramírez), um filho de Zeus pouco apreciado pelo pai, para se livrar dele e de Poseidon. Claro que a conspiração implica na destruição do planeta, tema pelo qual o cinema americano nutre especial devoção.

EFEITOS

O prato está servido: o único capaz de salvar a humanidade é alguém dotado de poderes especiais, como Perseu (Sam Worthington), filho de Zeus com uma humana.

Perseu conta com a ajuda da rainha Andrômeda (Rosamund Pike), que, na mitologia grega, tem uma desavença com Poseidon, enciumado por sua beleza, e é libertada por Perseu, com quem finalmente se casa.

No filme, ambos ficam juntos no final, mas depois de outras peripécias.

O mais são demonstrações "furiosas" de violência. Batalhas intermináveis repletas de explosões têm sua selvageria realçada pelo 3D, que "arremessa" pedras, labaredas, armas, monstros e até gente na plateia.

Os truques também são ruins, como mostram os efeitos "especiais" na cena da "morte" de Zeus: só conseguem provocar risos.

FÚRIA DE TITÃS 2

DIREÇÃO Jonathan Liebesman

PRODUÇÃO EUA, 2012

COM Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes, Danny Huston e Édgar Ramírez

ONDE Anália Franco, Cinépolis Iguatemi Alhaville, Eldorado Cinemark, Espaço Unibanco Pompeia (sala Imax), Jardim Sul UCIe circuito

CLASSIFICAÇÃO 12 anos

AVALIAÇÃO ruim