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Dentro do jogo

No disco "Out of the Game", Rufus Wainwright deixa a tristeza de lado e aposta em pop dançante e radiofônico

Divulgação
O cantor e compositor Rufus Wainwright
O cantor e compositor Rufus Wainwright

IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

Rufus Wainwright, 38, saiu do buraco. Após um período de luto pela morte da mãe, a cantora de folk Kate McGarrigle, em 2010, o cantor casou-se com o namorado, teve uma filha que é neta do cantor Leonard Cohen e comprou uma casa à beira-mar.

Agora, prepara-se para o lançamento de "Out of the Game", um disco "pop, dançante e para tocar na rádio", como define à Folha.

Rufus se viu cercado por problemas "maduros" e responsabilidades após a morte de sua mãe e o nascimento da filha, por isso precisava de um pouco de diversão.

"Queria ser bobo e trabalhar em algo que fosse pop. Vi que não preciso ser sério, mesmo sendo sério."

A vontade de "atingir um público maior" e, quem sabe, "ganhar um Grammy ou um Oscar" também pesaram na concepção do novo álbum.

Segundo Wainwright, o nome do disco é uma piada. "Afirmo que 'saí do jogo' ao entregar meu disco mais pop, como se dissesse: 'Aqui está o que vocês sempre quiseram, então, tchau'."

"Mas estou nessa indústria há mais de 12 anos e sempre consegui sobreviver, mesmo não estando no 'mainstream'. Quero me divertir", diz.

A guinada pop veio após um álbum introspectivo, "All Days Are Nights: Songs for Lulu", e de um tributo à cantora Judy Garland. Teve o dedo do produtor inglês Mark Ronson, responsável pelo disco "Back to Black", que levou Amy Winehouse à fama.

Segundo Wainwright, Ronson trouxe um "sentimento perigoso e inesperado que casou perfeitamente com minha sensibilidade artística".

Em "Out of the Game", sai a orquestra e entram guitarras, baterias e toques eletrônicos, típicos de Ronson.

Entre as influências do trabalho, o cantor cita de Queen e Elton John a Philip Glass e Willie Nelson. "Mas, no fim, é Rufus Wainwright", frisa.

Isso significa canções com letras íntimas sobre sua vida pessoal e no "showbusiness".

"O único elemento que é constante no meu trabalho é um tipo de dor prazerosa", diz, aos risos. "Há uma tristeza positiva, um romantismo."

Se o sentimento se mantém, houve mudanças em outros aspectos. Wainwright diz hoje estar mais humilde e mais confiante em sua voz, "esse instrumento imprevisível e forte".

"Gostava de mostrar minhas habilidades, era inseguro", diz. "Mas o que eu perco em grandeza, ganho em longevidade", completa o cantor sobre a carreira que toma um novo rumo.

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