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"Eu ainda fico nervoso antes de entrar no palco", diz o showman

DO ENVIADO A MAASTRICHT

Dando entrevista, André Rieu lembra sua figura no palco. Ele gesticula muito, faz caretas e usa pausas estratégicas enquanto conta histórias. Um profissional simpático. (TM)

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Folha - Você esperava esse sucesso no Brasil,? Fazer 18 shows?

André Rieu - Sim.

Por que demorou tanto para se apresentar no país?

Eu tenho 120 funcionários. Preciso pagar salário a todos e todas as despesas dessa estrutura. Ninguém me paga nada, não recebo do governo, de patrocinadores ou gravadoras. Sou completamente independente. Cada centavo que ganho vem dos ingressos, discos e DVDs que vendo.

O que não é pouco.

Claro, mas vou levar 110 pessoas para São Paulo. Tenho de calcular todos os riscos, às vezes esperar um pouco. Resolvi ir quando senti que a turnê iria explodir. Tanto é que estou reservando meses para essa operação no Brasil. Não sei se vamos ficar apenas nesses 18 shows.

No palco, você é um mestre de cerimônias, interage com o público. Como se prepara?
Estudou técnicas de palestrantes ou...

Não, nada. É meu jeito e pronto, totalmente natural.

Então você é naturalmente feliz o tempo todo?

Ir ao palco é o que me deixa feliz, mesmo em momentos difíceis fora dele. Mas tem uma coisa que surpreende a todos quando eu conto: fico nervoso antes de entrar no palco. Muito mesmo, até hoje, depois de tantos anos. Preciso me concentrar para entrar atento. Meu maior talento é sentir a plateia, ter contato com ela, sentir para que lado levar o concerto.

E isso varia muito de um lugar para outro?

Muito. Sei que, para os brasileiros, apenas ouvir a música não é o bastante. Eles gostam de dançar e podem fazer isso nos meus concertos.

Como você seleciona os músicos para sua banda?

É simples. Eles precisam saber tocar, e isso eu descubro em cinco minutos. Depois você tem que excursionar com ele ou ela e descobrir se essa pessoa é capaz de tocar com o coração. Isso já leva um tempo maior.

Você tem 15 DVDs. Pretende gravar mais um no Brasil?

Não sei, levo muito em conta a beleza do local onde tocamos. Vamos ver como vai ficar o Ibirapuera. Quando penso no Brasil, imagino logo a praia de Copacabana, quem sabe a gente faça um concerto lá.

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