Criador de "CSI" quer ficar "por mais 20 anos" na TV

O criador de "CSI" não perde tempo. Além das três franquias de investigação forense que mantém no ar, Anthony E. Zuiker terminou três livros sobre um detetive à la Charles Bronson e produz um filme para o Yahoo sobre uma agente atrás de um hacker.

Defensor da tecnologia como fonte para criar histórias, ele diz que as redes sociais são um jeito de ter uma relação imediata com o espectador. "E isso é imensamente valioso", afirma à Folha.

O produtor fala com propriedade. Conseguiu cativar milhões de fãs que toda semana veem mortes serem desvendadas a partir de minúcias por peritos criminais.

Mas ainda acha "sorte" suas séries se manterem no ar. Nem mesmo a troca de vários protagonistas -William Petersen, Laurence Fishburne e Marg Helgenberger foram algumas das baixas- alterou os níveis de audiência.

"Queremos ficar no ar o máximo possível, mas é difícil prever quanto. De preferência, por mais 20 anos."

Se depender do público, não será exagero. Só na semana passada, "CSI" atraiu 10 milhões de americanos.

"Fizemos [séries criminais] três vezes com sucesso", comenta, sobre as versões ambientadas em Las Vegas, Nova York e Miami. "Crime sempre será algo que as pessoas anseiam ver como entretenimento. Nunca vão se cansar."

Então haveria a chance de um "CSI: Brasil"? "Seria ótimo. Com 'CSI' tudo é possível. Tive conversas para fazer franquias em outros países, mas nenhuma vingou. Ainda."

Com o sossego dos rumos dos programas, migrou para as letras. Criou o personagem Steve Dark no livro "Grau 26". O detetive anda no limite da lei, principalmente depois que sua mulher é assassinada por um serial killer.

Agora, Dark está às voltas com um assassino que deixa cartas de tarô com as vítimas.

Zuiker criou uma versão da obra para iPad (disponível no Brasil pelo iTunes) e uma hora de filmetes na internet. "Acho que a interatividade é o futuro até para os livros. Isso ainda vai aumentar."