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RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com

Educação tropeça no formalismo

A presidente Dilma visitou na semana passada Harvard e o MIT (Massachusetts Institute of Technology). Neste, encontrou-se com Joi Ito.

Ele é diretor do prestigioso MediaLab, uma das instituições acadêmicas mais respeitadas do mundo, focada em algo em falta em nosso país: inovação.

Se Joi morasse no Brasil, ele jamais poderia ser diretor de universidade. É provável que não pudesse dirigir nem uma escola primária.

A razão é que ele não completou a graduação: é um autodidata. Isso não o impediu de se tornar um dos grandes pensadores do planeta sobre o futuro da educação.

No dia seguinte ao encontro com Dilma, Joi fez palestra em Harvard sobre o mesmo tema. Criticou o formalismo exagerado do sistema educacional atual, que dá mais importância a títulos do que à capacidade de ensinar e aprender. É um ponto importante.

O governo federal está investindo R$ 3 bilhões no programa Ciência sem Fronteiras. A ideia é enviar estudantes brasileiros para cursos de graduação e pós-graduação no exterior.

Só tem um problema. Muitos, quando voltarem ao país, vão se decepcionar: diplomas obtidos no exterior não são reconhecidos no Brasil. Precisam de "validação", por um processo burocrático que leva anos. Até lá, terão dificuldades de trabalhar em áreas que exigem o título.

Em suma, alguns milhares de participantes do programa irão ao exterior em busca de diplomas que não valem no país. Se existisse uma faculdade de formalismo, o Brasil seria a grande autoridade mundial.

READER

1- JÁ ERA Creative Commons no Ministério da Cultura

2- JÁ É Banco Mundial licenciando todo o seu banco de dados em CC (bit.ly/HY48no)

3- JÁ VEM Unesco recomendando o licenciamento de materiais educacionais em CC

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