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Em São Paulo, instituições vivem expansão

FABIO CYPRIANO
CRÍTICO DA FOLHA

"A gente não tem mais chance de pensar pequeno", diz Marcos Mantoan, gerente do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Com uma das agendas culturais mais ativas de São Paulo, mas um dos piores espaços expositivos, o CCBB se expande: em dois meses, abre novo piso para mostras, aumentando de 400 para 500 metros quadrados a área.

Isso não significa que a instituição esteja satisfeita. "Estamos estudando novas possibilidades que esperamos anunciar em breve", conta Mantoan.

O provável novo espaço é o do hospital Umberto Primo, na Bela Vista (região central). Adquirido pelo grupo hoteleiro francês Allard e WWI, ele deve virar um hotel de luxo, com um centro cultural.

Mas é o Museu de Arte Contemporânea da USP que lidera a conquista por espaço. Sua nova sede, aberta há dois meses no Ibirapuera, por ora tem só o térreo funcionando, mas a área expositiva total é de 23 mil metros quadrados.

Quase metade dessa área, cerca de 10 mil metros quadrados deve ser dedicada a temporárias, entre elas de brasileiros com repercussão no exterior, como Carlito Carvalhosa, que recentemente expôs no MoMA. de Nova York, e Rosângela Rennó, em cartaz na Fundação Gulbenkian, em Portugal.

Mesmo o Masp está em fase de expansão. Com a reforma do edifício vizinho, para onde deve ir grande parte da área administrativa, seu espaço expositivo, de 3.500 metros quadrados, será ampliado.

A médio prazo, a Pinacoteca do Estado também deve crescer. Seus dois prédios, a sede na praça da Luz e a Estação Pinacoteca, somam 22 mil metros quadrados, dos quais só 4.100 são para exposições.

"Vou dar prosseguimento à construção do novo prédio da Pinacoteca, que será dedicado à arte contemporânea", disse à Folha Marcelo Araujo, que deixa o museu pela secretaria estadual de Cultura.

Mas nem todos querem crescer. O Museu de Arte Moderna de São Paulo, que tem 1.300 metros quadrados para exposições, continuará sem mostrar seu acervo de mais de 5.000 peças de forma permanente. "Não temos planos de expansão", diz o curador Felipe Chaimovich.

Já o Itaú Cultural, outro espaço problemático da cidade, com seus 1.400 metros quadrados, tem reorientando sua atuação para se adequar a seu estado.

"Começamos a organizar retrospectivas, como fizemos com Hélio Oiticica e Leonilson, também porque percebemos que o espaço acolhe melhor uma individual do que uma coletiva", diz Eduardo Saron, superintendente da instituição -que planeja para setembro uma panorâmica de Lygia Clark.

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