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Crítica Comédia Irônico e pouco reverente, filme vai além de apenas xerocar a série original ANDRÉ BARCINSKICRÍTICO DA FOLHA E a lista de filmes adaptados de velhas séries de TV não para de crescer. A nova tentativa de Hollywood de apelar a quarentões saudosistas se chama "Anjos da Lei", inspirada na série policial juvenil dos anos 1980. Aqui, dois ex-colegas de escola, o gordinho "nerd" Schmidt (o ótimo Jonah Hill) e o galã Jenko (Channing Tatum) se reencontram na academia de polícia e acabam trabalhando juntos. Depois de uma operação policial mal sucedida, a dupla é transferida para uma unidade que se infiltra em escolas para investigar o tráfico de drogas. A surpresa é que a nova versão de "Anjos da Lei" funciona. Em vez de simplesmente xerocar o passado, como a maioria das adaptações de séries antigas, o filme mostra uma visão irônica e crítica sobre essa recauchutagem. Quando o chefe de polícia avisa aos dois que estão sendo transferidos para a tal unidade nas escolas, diz: "Estamos ressuscitando uma unidade policial que foi cancelada nos anos 1980 (...) você sabe, as pessoas responsáveis por isso estão completamente sem ideias, e tudo que fazem agora é reciclar porcarias do passado." Muito bom ver um filme admitindo isso. "Anjos da Lei" tem um humor na onda de "Se Beber, Não Case", cheio de erotismo, menções ao mundo pop e uma dose de incorreção política. Mas é o fato de ironizar seu próprio oportunismo que destaca o filme em meio a tantas adaptações reverentes ao passado. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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