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Guinga ganha CD só com composições suas 'Rasgando Seda', que é lançado em show hoje, celebra 50 anos do Quinteto Villa-Lobos LUCAS NOBILECOLABORAÇÃO PARA A FOLHA Quando a obra de gigantes da música brasileira é interpretada por instrumentistas que trabalham a serviço da emoção e são tecnicamente competentes, o resultado se dá com uma série de alumbramentos e epifanias. O Quinteto Villa-Lobos faz show hoje, no Sesc Vila Mariana, em celebração de seus 50 anos, lançando o disco "Rasgando Seda", em homenagem à obra de Guinga. Atualmente, ele é considerado aquele que melhor faz, no pêndulo entre popular e erudito, a síntese musical de um Brasil mestiço. "Guinga faz uma música sem rótulo, que extrapola tudo. É fruto do equilíbrio entre a informalidade e a fundamentação estética. Criou uma escola cheia de seguidores", diz o clarinetista Paulo Sérgio Santos, integrante do quinteto desde 1975. Em "Rasgando Seda", o grupo interpreta 11 temas instrumentais, sendo oito deles ao lado de Guinga, e "Porto de Madama", gravada pela primeira vez com letra do próprio compositor. Destaque também para as inéditas "Ellingtoniana", que exalta as influências de Duke Ellington, e "Valsa de Aniversário", feita como presente de aniversário para Branca, filha mais nova de Guinga. Ele transita com naturalidade por diversos gêneros. "Acompanho o quinteto desde sua formação. Eles já tinham gravado músicas minhas [como "Cheio de Dedos", "Canibaile" e "Di Menor"] e agora tenho a honra de gravarem um disco com a minha obra", conta. MÚSICA INTUITIVA "Faço música de maneira intuitiva. O quinteto não faz música erudita, faz música e ponto. Quebram tabus, preconceitos e estão me levando para outras plateias, aquela coisa de saber como é que fica o Guinga camerístico. Ter minha música gravada por eles é uma carícia na alma." A obra do músico nascido no subúrbio do Rio já havia sido registrada por outros intérpretes de primeira linha. Temas de Guinga ganharam gravações de Leila Pinheiro ("Catavento e Girassol", de 1996), Gabriele Mirabassi ("Graffiando Vento", de 2004) e Marcus Tardelli ("Unha e Carne", de 2006). Agora, com o quinteto, "Rasgando Seda" já figura no mesmo patamar desses álbuns anteriores. O novo disco mantém a síntese do que é Guinga, como já dizia seu primeiro álbum: simples e absurdo. A música que resulta do encontro entre o compositor e o quinteto soa verdadeira e, ao mesmo tempo, sobrenatural. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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