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Sucesso na França, "O Bom Canário" estreia em São Paulo Peça escrita pelo roteirista do filme "Mais Estranho que a Ficção" entra em cartaz amanhã no Teatro Eva Herz Trama acompanha trajetória de mulher viciada em anfetamina que rejeita todas as regras de civilidade GABRIELA MELLÃOCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA O canário é o mais civilizado dos animais de estimação. Destaca-se em uma casa de forma discreta, emoldurado em sua gaiola. Se fosse um ser humano, seria o oposto de Annie, protagonista de "O Bom Canário", peça que estreia amanhã em São Paulo. O autor é Zachary Helm, dramaturgo e roteirista americano que ganhou fama com o filme "Mais Estranho que a Ficção", de 2006. "O bom canário age de acordo com o que se espera dele, se comportando conforme o padrão estabelecido", diz Leonardo Netto, que divide a direção da montagem com Rafaela Amado. Annie (Flávia Zillo) ganha um canário do marido, um escritor de sucesso, mas não aprende nada com o bicho. A personagem rejeita todas as regras de civilidade e não suporta qualquer forma de julgamento. Seu vício em anfetaminas torna-a ainda menos sociável. Chega a insultar o crítico teatral que elogiou o livro de seu marido, após frisar discordar do texto. Annie debate-se em eventos sociais feito peixe fora d' água, atitude tão destrutiva quanto heroica em tempos em que a aparência determina o julgamento que se faz das pessoas. "Helm discute o comportamento do homem de hoje sem condená-lo", define Netto. A contundência e a linguagem ágil do texto foram determinantes para o sucesso na França. A peça estreou em Paris em 2007, com encenação de John Malkovich -e a brasileira Cristiana Reali no elenco. Ganhou o prestigiado Crystal Globe Award e recebeu o maior numero de indicações ao prêmio Molière naquele ano (seis). Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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