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Crítica rock Disco de Neil Young tem ar de "jam session" entre amigos Músico retoma parceria com o Crazy Horse em CD de músicas folclóricas ANDRÉ BARCINSKICRÍTICO DA FOLHA Neil Young sempre foi um artista imprevisível. Suas idiossincrasias são lendárias: recusou-se a lançar alguns discos em CD, adiou por décadas uma caixa com raridades e é provavelmente o único artista da história que foi processado pela própria gravadora por lançar discos anticomerciais nos anos 1980. Por isso, quando foi anunciado um novo disco de Young com o Crazy Horse, a banda que o acompanha esporadicamente há mais de 40 anos, ninguém sabia exatamente o que esperar. Relatos diziam que o LP não tinha músicas novas, mas releituras de clássicos do cancioneiro norte-americano. Nessa semana, saiu "Americana". Um disco tão estranho e "diferente" quanto se pode esperar de Neil Young. Traz 11 faixas, na maioria canções folclóricas como "Oh Susannah" e "Clementine". E tem os ingredientes básicos do som do Crazy Horse: distorção, guitarras altas e um certo desleixo com a produção, que confere ao disco ar de fita "demo". Parecem gravações de quatro amigos fazendo "jam session", o que, no fundo, resume bem a parceria de Young com a banda: velhos conhecidos tocando o que querem. Para os fãs, que há nove anos esperavam uma nova colaboração (o último disco de Young com o Crazy Horse foi "Greendale", de 2003), o resultado é um pouco decepcionante, especialmente pelo fraco repertório. O lançamento do disco os motivou a sair em turnê. Datas nos EUA foram anunciadas, junto com o boato de que outro disco -de inéditas- sairá em breve. Os fãs ficam na torcida pelo disco novo e por datas de show no Brasil. A gente merece.
AMERICANA |
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