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O pai de Alien Diretor Ridley Scott busca a origem da humanidade em "Prometheus"
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES Em "Alien - O Oitavo Passageiro" (1979), parte da tripulação de uma nave espacial investiga um pedido de socorro emitido de um planeta próximo. Na superfície, destroços de outra nave. Dentro dela, algo chama a atenção: há o corpo de uma criatura humanoide gigantesca, morta com um buraco na altura do peito. Ridley Scott, diretor do filme original, nunca deixou de pensar nesta cena. Afinal, qual a origem daquela carcaça sem vida que tanto se assemelha a um ser humano? "Prometheus", a tão aguardada volta de Scott ao universo de "Alien", 33 anos após abandoná-lo, tenta responder a essa pergunta ao mesmo tempo em que cria outras. "Que raça é essa que poderia ter criado vida em vários planetas do universo? E o que ela faria se chegasse à conclusão de que essa criação foi um erro?", provoca o cineasta. A busca pelos "Engenheiros" -as tais criaturas humanoides gigantescas- começa em 2089, na Terra, quando uma expedição comandada pelos arqueólogos Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) encontra vestígios de que extraterrestres teriam criado a raça humana. Quatro anos depois, a dupla está em uma nave em direção à lua LV-223, que pode ser o lar desses "deuses". Ao lado dela, uma equipe formada, entre outros, pela oficial Meredith Vickers (Charlize Theron), o capitão Janek (Idris Elba) e o robô David (Michael Fassbender). "Holloway não quer apenas saber quem é nosso criador. Ele quer se sentar ao lado dele", explica Marshall-Green sobre a busca dos aventureiros terráqueos. PERIGO REAL Um encontro com Deus, no entanto, quase aconteceu. Os atores enfrentaram tempestades artificiais de cascalho e acrílico ("Não conseguia ver ou ouvir nada. Só gritava por Ridley", diz Rapace). Charlize precisou atear fogo a um dublê. "Os segundos que os bombeiros levaram para apagar e dizer que estava tudo bem foram os piores da minha vida", revela a atriz. Mas "Prometheus" não seria parte da saga "Alien" sem a presença da criatura desenhada pelo suíço H. R. Giger, 72, há mais de três décadas. No território extraterrestre, além de desenhos e esculturas que remetem às criaturas de Giger, vasos com líquido negro protegem ambientes e estão ligados à origem dos ETs que, no futuro, sairão de barrigas humanas -o filme se passa cerca de 30 anos antes dos eventos de "Alien". "Eu sou o pai do primeiro alien", brinca Marshall-Green, que é contaminado pelo líquido negro. Ridley Scott, porém, não admite a paternidade da criatura. "Ninguém fabrica armas de destruição em massa no próprio quintal. Quem sabe o que há além daquela lua?", rebate o diretor. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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