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Ridley Scott quer nova franquia de aliens

Diretor britânico fala de "Prometheus", em que retoma a saga de exploradores do Universo após hiato de 33 anos

Cineasta revela ainda segredos de produção do filme de 1979, que o consagrou no gênero da ficção científica

ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Ridley Scott, 74, não precisa de reafirmação.

Já passou pelo Oscar com "Gladiador" (2000) e criou dois dos mais influentes filmes da ficção científica ("Alien - O Oitavo Passageiro" e "Blade Runner").

Após o tropeço de "Robin Hood" (2010), Scott volta ao universo que ajudou a criar em 1979. Em "Prometheus", tenta descobrir as origens da humanidade e, quem sabe, criar uma franquia. Veja os principais trechos de sua entrevista.

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Folha - O que o manteve afastado da ficção científica?

Ridley Scott - Eu estava ocupado e nunca pensei muito a respeito. Por exemplo, hoje recebi um roteiro de faroeste que será meu próximo filme. E nunca fiz um faroeste. Mas percebi que sou bom em criar universos. Pensei em "Thelma e Louise", que tem um estilo épico.

Você chegou a assistir outros filmes da saga "Alien"?

Vi somente até o quarto filme da série. São bons. Eu consigo entender porque eles foram feitos, mas é muito difícil fazer sequências de um longa tão bem sucedido.

E o design era inovador.

Sim, eu acho aquela criatura linda. Mas o estúdio achava que o desenho era um pouco obsceno (risos).

"Prometheus" é um espetáculo de efeitos especiais. Você sentia falta de mais orçamento em 1979?

Não senti falta, porque simplesmente não havia a necessidade. Meu filme foi feito com borracha. Sabe o efeito da boca gosmenta do Alien se abrindo? Aquilo era um punhado de camisinhas com lubrificante (risos).

O coitado do sujeito dentro do uniforme era da Somália. O encontramos em um pub e ele era tão magro que eu tinha certeza que seria perfeito para a fantasia.

Podemos chamar "Prometheus" de prequel de "Alien"?

Não, ainda há histórias que precedem a trama de"Alien". Se for um sucesso, teremos três ou quatro sequências que mostrem a personagem de Noomi Rapace buscando o que ela imagina ser o paraíso.

Se alguém constrói armas poderosas, certamente não o faz em seu quintal. Onde seria esse mundo e por que precisam desse poderio bélico?

Como foi estrear em 3D?

Foi fácil. Não é um problema, se você sabe o que está fazendo. As pessoas tendem a passar 45 minutos falando sobre como filmar em 3D. Mas basta gritar "ação". O problema é que os orçamentos estão em escalada, chegam a custar US$ 300 milhões. É insano.

(RODRIGO SALEM)

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