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Crítica Documentário Filme mostra arquipélago de Marajó além do cartão-postal CÁSSIO STARLING CARLOSCRÍTICO DA FOLHA A imagem mais persistente que os seres urbanos temos de Marajó é a ilha em que os búfalos chamam mais atenção do que os humanos. O documentário "Viva Marajó" ultrapassa essa visão de cartão-postal registrando peculiaridades e dilemas desse pedaço desgarrado de Brasil com um olhar que vai além do "Globo Repórter". A cineasta Regina Jehá percorreu cerca de 2.000 quilômetros de terra, ar e, sobretudo, águas do maior arquipélago flúvio-marinho do mundo e captou formas de vida, hábitos culturais, mistérios históricos e o quadro atual de desequilíbrios econômicos, sociais e ambientais. A opção pela multiplicidade de perspectivas amplifica o painel para além do meramente turístico, que costuma se limitar ao exotismo e às belezas naturais. Mesmo sem recusar o encanto pela exuberância, o documentário procura e consegue adentrar os meandros do cotidiano. Assim, emergem as peculiaridades de fato do arquipélago. A começar pela exuberância e os enigmas que cercam a cultura indígena marajoara, infelizmente apenas o mais remoto caso de extinção de uma série que prossegue. A precariedade educacional, a falta de saneamento básico e a exploração da natureza sem preocupações com sustentabilidade são aspectos que completam essa visão honesta e nem por isso menos fascinada. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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