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Disco de Caçapa une tradição e modernidade 'Elefantes na Rua Nova' é estreia do músico que trabalhou com Alessandra Leão e Siba RONALDO EVANGELISTACOLABORAÇÃO PARA A FOLHA Os bombos, pandeiros e ganzás batem no ritmo do coco de roda. O som metálico da viola dinâmica de dez cordas surge eletrificado e através de pedais de efeito, tocando riffs que se repetem em espiral, a cada camada revelando possibilidades melódicas sobre a estrutura minimalista. Os arranjos organizam naturalmente elementos não óbvios em interessante sonoridade no primeiro álbum do produtor e violeiro recifense Rodrigo Caçapa, "Elefantes na Rua Nova", lançado há alguns meses e recentemente apresentado ao vivo em São Paulo pela primeira vez. "Só faz sentido pensar em tradição e modernidade como conceitos complementares, não antagônicos", diz. "Toda criação artística relevante, seja ela moderna ou não, tem uma relação com a tradição, mesmo que não seja tão óbvia. Por outro lado, não acredito na bandeira das tradições fechadas em si mesmas, ou presas à ideia de nacionalismo ou regionalismo." Há 15 anos figura central em Pernambuco, produziu o elogiado disco "Dois Cordões", de sua esposa cantora, Alessandra Leão, além de álbuns de Tiné e Renata Rosa, e arranjos de sopro para a Fuloresta de Siba. Neste primeiro álbum autoral, chega a texturas polifônicas de viola eletrificada sobre percussões típicas de Recife e do Recôncavo Baiano. "Da música de rua do Nordeste, a viola da cantoria foi o instrumento que mais me atraiu; e dentre todos os gêneros da música tradicional, senti uma ligação forte com o coco de roda", afirma. "Mas também não seria possível negar a importância da psicodelia dos anos 60 e do pós-punk inglês no meu gosto e jeito de fazer música. Chegar ao conceito desse disco foi um processo natural." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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