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Parte de diversas bandas, Dudu Tsuda lança seu primeiro disco

'Le Son par Lui Même' traz canções autorais e de Paul McCartney

MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO

Figura onipresente na cena independente paulistana desde a segunda metade dos anos 2000, Dudu Tsuda chegou a integrar, ao mesmo tempo, uma dúzia de bandas.

Há dois anos, estava em dez: Jumbo Elektro, Cérebro Eletrônico, Trash Pour 4, Cabaret Duar Tsu & Tie Bireaux (com Tiê e Zé Pi), Zero Um (com Tatá Aeroplano e Paulo Beto), Freak Plazma e Elétrons Medievais (com Peri Pane).

Tsuda tocou ainda no Pato Fu e nas bandas solo de Fernanda Takai e Junio Barreto.

O que, no meio disso tudo, era de fato Dudu Tsuda? Decidiu que estava na hora de descobrir. Foi abandonando, uma a uma, todas as bandas. E planejou shows individuais, em que mostrava basicamente repertório autoral.

"As pessoas levam tempo para deixar aflorar sua potencialidade criativa e liderar um projeto. Quando comecei a tocar minhas próprias músicas, a escolher meus arranjos, senti que estava rumando para outro estágio de maturidade artística", diz.

O produto desse "outro estágio" se materializa agora em "Le Son par Lui Même", primeiro álbum de Tsuda.

O título em francês não é charme. Não há canções em português -a única exceção é "Música pra Videogame Brasileiro". De resto, tudo é cantando em inglês e francês. E rende grandes momentos como "Le Jour où Erik Satie a Rencontré Stereo Lab" e "Music to Fade Away".

RECOMEÇOS

Além do repertório cantado, Tsuda incluiu números instrumentais, como as quatro faixas de "Sinfonia para Espaços Abertos", que, ele diz, foi influenciada por compositores de trilhas de filmes, como Ennio Morricone, além dos maestros Heitor Villa-Lobos e Rogério Duprat.

Única faixa não autoral, "Let'em In" é composição de Paul McCartney com a banda Wings. Tsuda conta que gravou a canção sem saber se poderia utilizá-la no disco.

"Um belo dia, me ligaram dizendo que ia custar '200'. Logo perguntei: 'US$ 200?', já achando barato. E eles: 'Não, R$ 200!'. Dá para acreditar? Basta Paul aprovar. Estando bom para ele, está feito. Quando conto isso, acham que estou fantasiando."

As referências estéticas unem ainda bandas eletrônicas como Kraftwerk e Stereolab -o que o torna um estranho no ninho da geração paulistana de que ele faz parte.

Isso é um problema?

"As pessoas me associam ao Jumbo, ao Cérebro, a músicas alegres, de pista. E este disco é mais intenso, com mais nuances de sonoridades. É um recomeço."

LE SON PAR LUI MÊME

ARTISTA Dudu Tsuda
GRAVADORA YB
QUANTO não informado

Leia crítica do disco em
folha.com/no1110659

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