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Claro enigma

Às vésperas de tributo a Drummond na Flip, Folha revela trajetória de dois poemas inéditos

Divulgação
Drummond no curta "O Fazendeiro do Ar", de 1972
Drummond no curta "O Fazendeiro do Ar", de 1972

FABIO VICTOR
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A capinha de "Lição de Coisas" que se vê acima foi desenhada pelo próprio autor do livro, Carlos Drummond de Andrade.

Ele presenteou sua amante por 36 anos, Lygia Fernandes, com um manuscrito da obra, lançada em 1962 para marcar os 60 anos do poeta, nascido em 1902 em Itabira (MG) e morto em 1987 no Rio.

A proposta da capa de Drummond foi seguida à risca pela José Olympio, que editou o trabalho na época, mas dois poemas que compunham aquele original, ambos dedicados a Lygia, jamais foram publicados.

No momento em que o escritor volta a ser celebrado -é o homenageado da décima edição da Flip, que começa na próxima quarta em Paraty-, a Folha traz à luz os poemas e narra sua curiosa trajetória, que ajuda a conhecer melhor a personalidade de seu autor.

Amigo de Drummond e estudioso da obra dele, o poeta e crítico Gilberto Mendonça Teles tem uma cópia do manuscrito, feita com autorização de Lygia, morta em 2003.

Ao organizar a "Poesia Completa" de Drummond para a Nova Aguilar, em 2002, Teles tentou incluir os poemas inéditos, mas não foi autorizado pelos herdeiros, que alegam ter seguido orientação do escritor sobre como editar seu trabalho integral.

Hoje, enquanto Teles se queixa de não ser lembrado nos festejos para o amigo, a reedição das obras de Drummond abre espaço para os que defendem o retorno dos versos a "Lição de Coisas".

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