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Grupo Cisne Negro completa 35 anos e revê trajetória

Companhia paulistana de dança leva ao Municipal quatro coreografias que marcaram sua história

Parte dos bailarinos atuais nem era nascida quando Hulda Bittencourt abriu escola em São Paulo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Tudo começou quando minha escola foi invadida por homens da educação física da USP", lembra Hulda Bittencourt, 77, fundadora e diretora artística da Cisne Negro Cia. de Dança, durante ensaio na sede do grupo.

Eram campeões de remo, basquete e vôlei querendo dançar. "Nem sabia como pegar naquelas pernas enormes, peludas. Mas a força e a disciplina deles, aliadas à técnica e à leveza das minhas alunas, nos fez explodir."

Graças à "invasão", sua escola de balé clássico se tornou uma das companhias de dança contemporânea mais duradouras de São Paulo.

Parte da trajetória é lembrada no espetáculo "35 Anos de Dança", que a Cisne Negro leva ao Theatro Municipal de quinta a domingo, com quatro coreografias do grupo, criado em abril de 1977.

São elas "Cherché, Trouvé, Perdu" (2002), de Patrick Delcroix; "Shogun" (1990), de Ivonice Satie, com música de Milton Nascimento e Fernando Brant; "Cânticos Místicos" (1989), de Vasco Wellenkamp; e "Bailantas" (1988), de Ana Mondini, com trilha tocada ao vivo pelo gaitista Gilberto Monteiro.

"A Cisne Negro contribuiu para a dança brasileira. Foi território livre para coreógrafos nacionais e internacionais experimentarem", avalia o coreógrafo Ivaldo Bertazzo.

Um deles foi o argentino Luis Arrieta, que trabalhou com Hulda e seus dançarinos na década de 1980: "Foi uma honra. Desde lá, muitas companhias nasceram e morreram. A Cisne continua."

Parte do elenco de 12 bailarinos nem sequer era nascida quando alguns desses números foram encenados pela primeira vez.

É o caso de Naiane Avelino: "Será muita responsabilidade dançar balés que grandes nomes dançaram no passado. Vou chegar ao teatro, respirar fundo e agradecer por tudo."

35 anos de dança

QUANDO: qui. (5) e sex. (6), às 21h; sáb. (7), às 20h; dom. (8), às 17h

ONDE Theatro Municipal (pça. Ramos de Azevedo, s/nº; tel. 0/xx/11/ 3397-0327)

QUANTO: de R$ 40 a R$ 90

CLASSIFICAÇÃO: livre

(MILLOS KAISER)

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