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Protagonista amoral encara cartel de drogas e parente em 'Breaking Bad'

Termina série sobre professor com câncer que fabrica drogas a fim de deixar dinheiro para a família

Quinto ano estreia hoje, nos EUA; ator que faz personagem central diz que epílogo ideal talvez fosse a morte

Ursula Coyote/AMC/Divulgação
Walter White (Bryan Cranston) em cena da 5ª temporada de "Breaking Bad"
Walter White (Bryan Cranston) em cena da 5ª temporada de "Breaking Bad"

EM LOS ANGELES

Após receber o diagnóstico de um câncer terminal, o pacato professor de química Walter White (Bryan Cranston) começa a fabricar drogas a fim de deixar dinheiro para a mulher grávida e o filho com paralisia cerebral.

A controversa decisão, tomada logo no piloto da série "Breaking Bad", impulsionou uma descida ao inferno que deixa o protagonista cada vez mais distante da redenção. O desfecho dela começa a ser revelado hoje, quando estreia a quinta e última temporada do programa nos EUA.

"Algumas pessoas me perguntam quando ele [Walter White] se perdeu. Digo que foi no primeiro episódio, quando decidiu rebaixar sua moral e comprometer sua alma", disse Cranston a um grupo de jornalistas reunidos em um hotel de Los Angeles.

À medida que enfrenta as consequências de produzir metanfetamina com o seu ex-aluno Jesse Pinkman (Aaron Paul), White ascende na hierarquia do narcotráfico.

Em seu caminho surgem gangues rivais, crise matrimonial, um barão do tráfico nos EUA, efeitos colaterais da quimioterapia, um cunhado que atua na DEA (a agência americana antidrogas) e um cartel de drogas mexicano -a nova temporada deve girar em torno dos dois últimos.

Questionado sobre uma possível redenção para seu personagem -que, na rota do abismo, envolveu-se com tráfico, lavagem de dinheiro e até em homicídios-, o ator diz que talvez o melhor epílogo para Walter White seja a morte.

"Ele se tornou tão tóxico, tão cancerígeno para si mesmo e para os outros... Ele é um perigo para a sua família. Honestamente, não sei o que vai acontecer nos próximos 16 episódios", afirmou.

O desconhecimento proposital, segundo ele, serve para construir o personagem passo a passo, evitando antecipar as emoções de uma trama que se assemelha a uma montanha-russa. A abordagem tem se mostrado acertada, vide os três Emmys (o Oscar da TV americana) que adornam a estante do ator.

"Walter é uma pessoa que está disposta a fazer o que for preciso para proteger seus interesses", define Vince Gilligan, criador da série, que antes produziu "Arquivo X".

FIM DE CASO

A última leva, composta por 16 episódios, será dividida em duas partes (a segunda vai ao ar nos EUA em 2013). O canal AXN ainda não sabe quando a quinta temporada chega ao Brasil.

Bryan Cranston comparou o fim do seriado ao término de um relacionamento. "É tipo quando você acha que está tudo bem com a sua namorada e ela diz: 'Discordo. Está na hora de terminarmos'. E você fica: 'Não! Como assim? Por quê?' E ela vai embora e não há nada que você possa fazer sobre isso."

Já Aaron Paul, que também ganhou um Emmy de ator coadjuvante, diz esperar que seu Jesse Pinkman consiga, nessa reta final, descobrir os segredos que o protagonista esconde dele.

É uma evolução notável para quem, na sinopse inicial criada por Vince Gilligan, deveria desaparecer da trama ainda na primeira temporado seriado. (MATHEUS MAGENTA)

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