Internets

Celular é cada vez menos "telefone"

Está fora de moda chamar celular de "telefone". Com os smartphones os hábitos estão mudando. A "killer application" (funcionalidade considerada essencial) era até pouco ligações de voz.

Mas pesquisa da operadora inglesa 02 mostra tendência diferente.

Donos de smartphones gastam 128 minutos diários no aparelho.

O uso campeão é navegar na internet, com 28 minutos ao dia. Em segundo fica o acesso a redes sociais, com 17. Música está na terceira posição, com 15. E games em quarto, com 14.

No longínquo quinto lugar, com 12 minutos, está usar o "telefone" para ligações.

Com isso, há operadoras considerando mudar os planos de assinatura.

Hoje eles são estruturados em torno da voz: o usuário paga por um pacote básico de minutos de ligação.

A tendência é tornar a voz gratuita (ou a custo baixo) e cobrar, por sua vez, pelo volume de dados consumidos.

Claro que, no Brasil, com 80% de aparelhos pré-pagos, o caminho é diferente.

Mas isso não impediu que o leilão da faixa 4G (de acesso rápido à rede pelo celular) atingisse preços estratosféricos: quase R$3 bilhões para os primeiros lotes. O mercado nativo já aposta forte na internet móvel.

Junte-se a "desmaterialização" do celular, que passa a ter formas inusitadas (como os óculos do Google ou a incorporação em roupas e objetos, sem necessidade de um "aparelho") e dá para visualizar o futuro da rede móvel.

Em breve, falar "beijo, me liga" vai fazer cada vez menos sentido.

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