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Coleção revela a paixão intimista da obra de Lygia Fagundes Telles

Em "As Meninas", escritora traça panorama da ditadura militar

DE SÃO PAULO

Em um pensionato de freiras no centro de São Paulo, Lia, Lorena e Ana Clara tornam-se adultas por caminhos sombrios e distintos.

A burguesa Lorena, de família tradicionalista, nutre aspirações literárias. Relaciona-se com um homem casado, mas permanece virgem.

Ana Clara divide-se entre o noivo rico e o amante traficante, que a faz mergulhar no mundo das drogas.

Lia, por fim, milita em um grupo de esquerda. O ano é 1973, auge da ditadura militar no Brasil (1964-1985).

"As Meninas", um dos raros romances que ousaram abordar temas como a repressão e a tortura durante o regime militar, é o 18º volume da Coleção Folha Literatura Ibero-Americana, que chega às bancas em 5/8.

Fagundes Telles escolheu, para lutar contra a opressão e a decadência social, personagens com sonhos de juventude, fantasmas do passado e contradições com que se debatem sob o impacto de seus impulsos e o peso das convenções que as aprisionam.

Pela prosa da autora, a força vital das personagens se transmite graças a uma escrita ao mesmo tempo intimista e passional.

Lygia Fagundes Telles nasceu em 1923, em São Paulo. Considerada pela crítica uma das mais destacadas escritoras brasileiras, publicou ainda na adolescência o seu primeiro livro de contos, "Porão e Sobrado" (1938).

Em 1985, a autora foi eleita para a Academia Brasileira de Letras. Vinte anos mais tarde, sua obra seria reconhecida com o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa.

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