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Cozinheiro norte-americano foi o único tripulante preso no Rio

DO RIO

Quando chegou ao Rio, em 4 de setembro de 1987, o pesqueiro Solana Star -procurado pela Polícia Federal sob suspeita de carregar 22 toneladas de maconha em lata- tinha a bordo sete tripulantes: seis norte-americanos e um costa-riquenho, com idade entre 32 e 52 anos.

Quando a PF finalmente achou o barco, 11 dias depois de ele ancorar no porto, a tripulação já tinha deixado o Brasil, com exceção do cozinheiro Stephen Skelton.

Ele foi o único preso, apesar de negar toda a história e de a polícia não ter encontrado nada além de vestígios de maconha no barco -o aparecimento das latas no mar foi usado como evidência.

"Foi um absurdo, a Polícia Federal acha dez centigramas de maconha, prende o cara, a juíza vai e o condena a 20 anos. Foi uma sucessão de injustiças que aconteceram", diz Wanderley Rebello, advogado de Skelton, autor de um livro sobre o caso.

"Não havia evidências de que a maconha havia saído daquele navio nem do envolvimento dele", diz Rebello. O advogado conseguiu absolver seu cliente em segunda instância, depois de Skelton passar um ano preso.

"Ele tem medo de vir aqui até hoje. Sofreu um ano na cadeia, entrou com fama de preso milionário, queriam tomar dinheiro a todo custo. Apanhava muito, mas não queria denunciar ninguém e tinha medo de morrer. Teve de pagar para sobreviver", conta o advogado (MAC)

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