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Crítica samba Bonito timbre é prejudicado por repertório fácil e arranjos batidos LUCAS NOBILECOLABORAÇÃO PARA A FOLHA Há partidários de uma corrente extremamente preconceituosa, defensora de que Diogo Nogueira deveria se preocupar mais em cantar do que em bancar o galã. A implicância não se justifica. O cantor mostra-se afinado e dificilmente coloca uma nota fora de lugar, embora ainda carregue maneirismos que o prejudicam. Além do bonito timbre herdado do pai, João Nogueira (1941-2000), ele apresenta evolução como intérprete em "Diogo Nogueira Ao Vivo em Cuba". Os grandes escorregões do disco ficam por conta de dois aspectos: arranjos e repertório. A estética palatável e asséptica do álbum veste todos os temas com a mesma roupa. De Martinho da Vila ("Ex-Amor"), passando por Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho ("Acreditar" e "Sonho Meu"), chegando a Gonzaguinha ("O Que É, O Que É" e "É"), tudo soa igual. Sem falar na falta de ousadia ao registrar canções como "Verdade Chinesa", já manjada na voz de Emílio Santiago, e "Deixa Eu te Amar", sucesso de Agepê. No fim das contas, a contracapa do disco ainda fala em uma apresentação "histórica" no teatro Karl Marx, em Cuba. Convenhamos, de "histórico" mesmo só o nome que batiza a tal casa de shows em Havana. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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