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Best-sellers devem pautar Bienal, diz curador

DE SÃO PAULO

Diretor do Museu da Língua Portuguesa, Antonio Carlos Sartini assumiu a "gostosa", segundo ele, missão de ser curador da 22ª Bienal do Livro de São Paulo.
Apesar da necessidade de dar visibilidade a autores e temas com pouco espaço no mercado editorial, ele admite que "a Bienal tem que se pautar pelos autores que estão vendendo muito. Isso deve significar alguma coisa".

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Folha - Como foi trabalhar como curador da 22ª Bienal?
Antonio Carlos Sartini - A gente inventa um monte de atividades e nomes de autores e depois alguém é que precisa correr atrás [risos]. Mas, no jogo entre o ideal e o possível, que é constante na área cultural, a gente conseguiu chegar a uma programação de alta qualidade.

As editoras que participam da Bienal influenciam a escolha dos autores pela curadoria?
Se a alguém for falar que não influencia, está mentindo. A Bienal tem que se pautar pelos autores que estão vendendo muito. Isso deve significar alguma coisa, além da divulgação massiva do produto. A Bienal tem que trabalhar com esses fenômenos porque eles interessam a vários leitores. Mas precisamos atentar também para autores e temas que têm pouca visibilidade e muita qualidade. É difícil acomodar tudo na programação, mas esse é o papel dos curadores.

Por que realizar uma Bienal hoje, tendo em vista a quantidade de eventos parecidos e feiras literárias como a Flip?
Cada evento desse tem seu perfil, como a Jornada Literária de Passo Fundo (RS), que tem um ótimo trabalho com alunos. Mas a Bienal de São Paulo ou qualquer outro desses eventos não conseguirá dar conta sozinha da enorme carência de leitores que nós temos no Brasil. O conjunto deles, no entanto, já é importante e ajuda bastante a melhorar esse quadro. (MM).

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