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"Não dá para ficar sem mesa de vampiro"

DE SÃO PAULO

Além de ser um dos três curadores da 22ª Bienal, o jornalista Zeca Camargo também comanda, ao lado de Maria Tereza Arruda Campos, a programação jovem da feira.

O inusitado nome do espaço,# Você + Quem =?, reflete, para o apresentador do "Fantástico", uma programação que tenta surpreender o público com debates sobre livros, blogs e música.

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Folha - Como você tentou conciliar o aspecto comercial da feira a uma programação de relevância cultural?

Zeca Camargo - É claro que um evento desse tamanho é voltado para o mercado, mas o que acho bacana é que cabe tudo ali. Nós tentamos surpreender o público jovem. É uma miopia dizer que a feira é exclusivamente comercial.

Existe pressão das editoras para impor alguns autores?

Elas indicam, recebia de cinco a dez nomes por dia. Alguns eu abracei. Cabe ao curador selecionar, de acordo com o perfil que quer dar.

Até brinquei: "Vamos fazer uma mesa sem vampiros", mas não dá. Seria negligenciar uma parte grande do público jovem. Então teremos debate sobre isso também.

Quais mesas você destacaria?

O Zuenir Ventura vai participar de um debate muito legal sobre política e adolescência. Teremos também o Cao Hamburger comentando seus filmes. Quem for atraído para a Bienal para ver a Cecily von Ziegesar [autora da série de sucesso "Gossip Girl"] vai topar com muita coisa legal.

Alguns editores e escritores têm dito que a Bienal está ultrapassada. O que você acha?

Eu acho que ela funciona num nível individual: a pessoa vai lá, compra livro, conhece autores. Num nível mais amplo, acho que precisamos pensar num modelo novo, mais aberto para as novas tecnologias. A Bienal tem falhas, mas ainda não inventaram nada melhor. (MRA).

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