Coleção reconstrói o legado marcante de Ettore Sottsass

Combinando o prosaico e o irreverente, Ettore Sottsass (1917-2007) contribuiu de forma decisiva para a formação do design europeu após a Segunda Guerra Mundial.

Parte de seu imaginário compõe o 15º volume da Coleção Folha Grandes Designers, que chega às bancas em 19/8.

Apesar de formado em arquitetura, Sottsass garantiu um lugar permanente na elaboração de ícones da cultura pop ao projetar objetos de uso cotidiano, incluindo armários para escritório, luminárias de mesa e utensílios de cozinha.

Nascido em Innsbruck, na Áustria, em 1917, Sottsass estudou arquitetura na Itália e abriu seu primeiro estúdio em Milão aos 30 anos.

Trabalhou como consultor de design da Olivetti entre 1958 e 1980, na qual criou calculadoras e máquinas de escrever portáteis.

Por seu projeto de design dos circuitos de um dos primeiros computadores fabricado na Itália, o Elea 9003, Sottsass recebeu o Compasso D'Oro de 1959.

Na década de 1970, projetou diversos utensílios domésticos e itens para escritório, como escrivaninhas, porta-condimentos, talheres, pratarias e porta-copos.

Sottsass foi ainda um dos fundadores do Grupo de Memphis, que reunia designers de Milão famosos pela concepção de móveis pós-modernos coloridos, luminárias e cerâmicas. Tornaram-se famosas as estantes Carlton, Casablanca e Beverly, trio de grandes armários esculturais feitos de alumínio, acrílico e madeira.

Poucos meses antes de sua morte, aos 90 anos, uma grande exposição no London Design Museum reuniu os itens mais conhecidos de sua obra.

Suas criações fazem parte dos acervos permanentes do MoMA, em Nova York, do Centro Georges Pompidou, em Paris e do Vitra Design Museum, na Alemanha.