Índice geral Ilustrada
Ilustrada
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Mauricio de Sousa e Pelé conversam hoje na Bienal do Livro

Eles vão comentar o relançamento das tiras do Pelezinho, personagem inspirado na infância do jogador de futebol

O quadrinista também lança coletânea com as histórias do Chico Bento, que terá versão jovem até o fim do ano

MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO

Vai ser difícil não esbarrar com Mauricio de Sousa na Bienal do Livro de São Paulo neste fim de semana.

O quadrinista, 76, lança 16 livros na feira. Serão seis sessões de autógrafo até amanhã à noite, quando acaba o evento literário.

Além disso, hoje, às 18h, ele participa de um debate com Pelé no Salão de Ideias. Eles vão comentar o relançado do Pelezinho.

Inspirado no rei do futebol, o personagem criado em 1976 é tema de três títulos: "Pelezinho para Colorir" (16 págs.; R$3,99) e as coletâneas "As Tiras Clássicas do Pelezinho" (128 págs.; R$19,80) e "Pelezinho Coleção Histórica" (160 págs.; R$ 7,50). Todos saem pela editora Panini.

Em 2013, de olho na Copa do Mundo no Brasil, Mauricio deve lançar novas histórias do Pelezinho.

"O Pelé e eu queríamos há muito tempo voltar com o personagem. Fazia muito sucesso com as crianças", conta o quadrinista, que diz criar as tiras com total liberdade, sem interferência do atleta. "Ele não sabe desenhar, eu não sei jogar bola. Nosso acordo é esse", brinca ele.

Outro destaque dentre os lançamentos é "Chico Bento 50 Anos" (ed. Panini; 160 págs.; R$ 58). O livro comemora o aniversário de criação do garoto caipira e traz uma coletânea de histórias que marcaram sua trajetória.

Apresenta a evolução dos traços de Chico Bento, capas de seus gibis famosos e sua primeira tira, feita em 1963.

Traz ainda uma surpresa para fãs: as primeiras imagens da versão jovem do personagem (veja acima), quando Chico sai da roça para estudar agronomia numa cidade próxima. A exemplo da Turma da Mônica, ele vai ganhar HQ teen até o fim do ano.

Chico Bento nasceu de uma encomenda da revista "Coopercotia".

Teve como modelo um tio-avô de Mauricio, que morava no interior de São Paulo, próximo a Mogi das Cruzes.

No começo, era coadjuvante do amigo Zé da Roça e do japonês Hiro. Fez tanto sucesso que, em 1964, a tirinha já levava seu nome.

Hoje, sua revista é o segundo maior sucesso dos Estúdios Mauricio de Sousa. Com uma tiragem de quase 200 mil exemplares por mês, só perde para a Mônica (de 250 mil a 300 mil por mês).

"Ele tem uma ingenuidade que atrai adultos e crianças, mesmo os que nunca conheceram o campo. Cerca de 70% dos meus leitores moram em grandes cidades, mas todo mundo gosta de andar descalço", analisa.

Criado em Mogi das Cruzes, às margens do rio Tietê ("ainda era limpo naquele tempo"), Mauricio define-se como caipira. "Muitas tramas do Chico aconteceram comigo", revela.

Um exemplo é a famosa tirinha "Chuva na Roça", inspirada num temporal que deixou o sítio de Mauricio cheio de goteiras.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.