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Verão europeu castiga músicos na Inglaterra e na Alemanha

DO ENVIADO A AMSTERDÃ

Nos que talvez tenham sido os dias mais quentes do verão europeu, o calor excessivo no palco foi o grande incômodo para os músicos da Osesp nos concertos de quinta-feira, em Aldeburgh (Inglaterra) e do sábado, em Wiesbaden (Alemanha).

Na cidade inglesa, onde os festivais de verão foram criados em 1948 pelo compositor Benjamin Britten, a sala de concerto para 820 pessoas tem estilo rústico e preserva sua arquitetura original. Não há condicionador de ar.

O Kurhaus, em Wiesbaden, é uma portentosa edificação inaugurada em 1907 e pode receber um público de até 800 pessoas. Tem ar-condicionado, que pouco surtiu efeito, porque, ao final da tarde de sábado, a temperatura chegou a 33 graus na cidade, utilizada como estação de águas desde o século 19.

Além do desconforto pessoal, o calor em excesso interfere na afinação de alguns instrumentos.

Os dois concertos tiveram em comum duas peças em seus programas: a "Abertura Festiva", de Camargo Guarnieri, e a "Sinfonia nº 4", de Tchaikovsky. A composição brasileira é uma rede de filigranas orquestrais, e a sinfonia russa é um produto propositalmente falsificado por maestros desejosos de sublinhar os "sentimentos".

Marin Alsop trabalha em direção oposta, o da leitura limpa, que separa a sonoridade dos naipes e reproduz todas as sutilezas da escrita do compositor.

Nesses concertos a Osesp recebeu os dois mais conhecidos solistas brasileiros: o pianista Nelson Freire, em Wiesbaden, e o violoncelista Antonio Meneses, em Aldeburgh.

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