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Crítica Documentário Filme sobre título são-paulino emociona apenas os tricolores LEONARDO LOURENÇODE SÃO PAULO Se o futebol continua a ser uma barreira difícil de transpor no cinema de ficção, tem encontrado cada vez mais espaço no documentário. Com impulso nos últimos anos, o filão de filmes esportivos caiu como uma luva para grandes clubes, como São Paulo, Corinthians, Grêmio e Inter, entre outros, que o usam como peça de marketing para falar de (e vender) suas conquistas recentes ou glórias do passado. É assim com "Soberano 2 - A Heroica Conquista do Mundial de 2005", sobre a campanha do tricampeonato são-paulino. Não se preocupe, não é necessário ver antes "Soberano", sobre os seis Brasileiros do time. A fórmula é a mesma: a exaltação desmedida dos feitos da equipe. Modelo que ganha elogios de fãs, mas que limita o público. Com o tempo de um jogo de futebol (90 minutos), o longa registra com certa preguiça o título no Japão. Dirigido pelo torcedor Carlos Nader (de "Pan-Cinema Permanente" e do primeiro "Soberano"), o filme começa e termina no aeroporto, do festejado embarque dos atletas à chegada dos campeões. Nesse meio tempo, histórias de bastidores que podiam gerar algum interesse são rapidamente descartadas. A fórmula de torcedores contando suas experiências durante a competição também se repete. De modo geral, "Soberano 2" traz uma longa edição dos melhores momentos das duas partidas do São Paulo, cortados com depoimentos que pouco acrescentam. Exceção a Rogério Ceni. O goleiro lembra uma lesão no joelho que o fez temer ficar fora da final contra o Liverpool, ou como inverteu a barreira numa cobrança de falta defendida com precisão e celebrada como gol. São-paulinos, obviamente, devem se emocionar com as lembranças. Aos outros, não fará falta. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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