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'Praga' é resposta a detratores da filha Preta

DE SÃO PAULO

"Estou pedindo a Deus/ Que alguém descubra/ Esse maldito calabouço digital/ Onde tu vives enrolado com essa cobra/ Os dois a fornicar e a falar mal/ Que tua boca suja na internet/ Não me alfinete ou canivete nunca mais."

Foi para a filha Preta que Gilberto Gil compôs a balada "Praga", gravada por ela no CD "Sou como Sou" (Universal; R$ 25, em média), já nas lojas.

Segundo o autor, o objetivo era responder aos xingamentos de internautas.

"Preta é alvo deles. É 'twitteira', 'facebookeira' e sofre muito com esses seres submarinos da internet, que ficam ali debaixo d'água, invisíveis, lançando seus torpedos", diz Gil.

Outros ataques foram mais visíveis. O primeiro veio do programa "Pânico na TV!", em 2008, que fez piada com seu peso. Preta os processou e ganhou.

Outro veio do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que vislumbrou "promiscuidade" na possibilidade de um filho seu se casar com uma negra.

Durante tais episódios, Gilberto Gil não se pronunciou. "Mas, em casa, ele me explicou que conviver com Bolsonaros é importante. O mundo é cheio de gente racista, homofóbica, violenta. Não vou conseguir mudar a cabeça de um senhor de idade, militar, que provavelmente prendeu meu pai na ditadura", diz Preta. "Chorei sem parar quando ouvi 'Praga' pela primeira vez."

(MP)

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