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Para Netflix, tributo pode aumentar preço da assinatura

Reed Hastings, fundador do serviço de vídeo na web, diz que cobrança da Ancine pode ser repassada a clientes

ELISANGELA ROXO
DE SÃO PAULO

Reed Hastings, 51, cofundador e CEO do Netflix, fechou a suíte presidencial de um hotel luxuoso em São Paulo na última quinta para comemorar um ano da entrada da empresa no Brasil.

Ele se diz satisfeito com o resultado que a companhia obteve até agora. O Netflix é uma locadora on-line americana que oferece pacote de filmes e séries, como "Jogos Vorazes" e "The Office", por uma mensalidade de R$ 14,99.

Apesar de ainda operar no vermelho por aqui, Hastings mantém a estimativa de que dentro de um ano as contas do Netflix devem fechar no azul. Presente hoje em 50 países, a empresa não divulga o total de assinantes brasileiros, mas estima que o número na América Latina, onde o Brasil é o principal mercado, tenha ultrapassado com folga 1 milhão de clientes.

Mas a Ancine (Agência Nacional do Cinema) pode atrapalhar os planos de Hastings -talvez, ele considera, por causa da pressão dos canais da TV por assinatura.

Muitos deles pediam interferência da agência no mercado de televisão pela internet, incomodados com aprovação da nova lei da TV paga, que impõe a partir de hoje cota de produção nacional no horário nobre.

A Ancine, então, aprovou uma instrução normativa em julho instituindo a cobrança da Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional) para serviços de vídeo sob demanda.

"Tanto para o Netflix quanto para as empresas brasileiras não é bom que uma tarifa seja imposta neste momento, ainda é muito cedo e pode impactar o preço da assinatura", diz o CEO do Netflix.

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