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São Paulo vira um ponto de encontro de curadores

FABIO CYPRIANO
CRÍTICO DA FOLHA

A semana de abertura da 30ª Bienal de São Paulo (hoje para convidados, na sexta para o público) tornou-se uma plataforma de pesquisa e de divulgação de outras bienais ao redor do mundo.

Estão em São Paulo os curadores Fulya Erdemci, da Bienal de Istambul, Lauren Cornell, da Trienal do New Museum (Nova York), Gunnar Kvaran, da Bienal de Lyon, Yuko Hasegawa, da Bienal de Charjah (Emirados Árabes), Sofía Hernández Chong Cuy, da Bienal do Mercosul (Porto Alegre), e Massimiliano Gioni, de Veneza.

Kvaran, que no ano passado foi o curador da mostra "Em Nome dos Artistas", no pavilhão da Bienal de São Paulo, lança, hoje, para convidados, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, o projeto da 12ª Bienal de Lyon.

"Proponho uma exploração das narrativas contemporâneas de arte em suas várias formas", disse Kvaran à Folha. "Estou agora num processo de prospecção de artistas que nos surpreendam ao recontar seus mundos em estruturas originais", diz ainda.

A Bienal de Lyon será aberta no próximo dia 12 de setembro e, um mês depois, Kvaran inaugura uma mostra de artistas brasileiros no museu Astrup Fearnley, em Oslo, realizada em parceria com Hans Ulrich Obrist.

Já amanhã, no Instituto Tomie Ohtake, Hasegawa anuncia a lista de artistas da 11ª Bienal de Charjah. Junto a ela estará a xeque Hoor Al-Qasimi, presidente da Fundação de Arte Charjah (SAF).

Antes de vir ao Brasil, ambas passaram por Lima, no Peru, de onde Al-Quasimi falou com a Folha.

A xeque, que tinha apenas 13 anos quando da primeira da Bienal, em 1991, hoje é a responsável pela SAF, fundação pública que a organiza.

Al-Qasimi estudou arte em Londres, onde completou mestrado na Royal Academy. Em Charjah, ela também organiza exposições.

"Vou aproveitar a viagem a São Paulo, que visito pela segunda vez, para conhecer artistas e curadores brasileiros com os quais eu possa trabalhar", afirma.

Na edição passada, a Bienal de Charjah tornou-se o centro de uma polêmica por retirar uma obra pública na cidade, realizada pelo argelino Mustapha Benfodil.

"Foi um erro ter aprovado essa obra, ela não teria lugar em espaços públicos em Nova York ou Londres. Mas foi um pedido da comunidade e aprendemos que é importante não esquecer o público local", diz a xeque.

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