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Troca de comando atingirá segundo escalão da pasta

MATHEUS MAGENTA
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

A troca de ministra da Cultura deve gerar ampla dança das cadeiras no segundo escalão da pasta, semelhante à que houve quando Juca Ferreira (então PV) deu lugar a Ana de Hollanda em 2011.

Em 2003, quando Gilberto Gil (PV) assumiu a pasta, no governo Lula, petistas diretamente envolvidos no programa cultural do partido, como Antonio Grassi e Sérgio Mamberti, se tornaram opositores dentro do próprio MinC.

Foram esses mesmos divergentes que ocuparam postos importantes na gestão Ana de Hollanda e que agora lutam para continuar nos cargos.

Além de Grassi, hoje à frente da Funarte, e de Mamberti, secretário de Políticas Culturais, podem deixar o MinC o secretário-executivo da pasta, Vitor Ortiz, o secretário de Articulação Instituicional, Roberto Peixe, e o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim.

Nos bastidores, a chegada de Marta ao MinC fortaleceu a possível volta de nomes como o do ator Celso Frateschi, que foi secretário de cultura durante a gestão dela na Prefeitura de São Paulo (2001-2004) e comandou a Funarte até 2008 -deixou o cargo sob críticas de autoritarismo.

Ele diz que sofreu resistência por ter diminuído a centralização das ações no eixo Rio-SP e acabado com "uma indústria de favorecimento" que funcionava no órgão.

Outros nomes cotados para compor o novo ministério são Gustavo Vidigal, que foi secretário-executivo-adjunto na gestão Juca e trabalhou com Marta, e o produtor Alexandre Youssef, coordenador de juventude durante a gestão municipal da petista.

Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, e o deputado federal Paulo Teixeira são vistos como futuras eminências pardas do MinC.

A briga deve ser forte também pelo comando do Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), cujo orçamento foi reforçado com o PAC das Cidades Históricas, e da Ancine (Agência Nacional do Cinema), responsável por gerir a nova lei da TV paga e o financiamento do desenvolvimento da indústria audiovisual do país (embora o estatuto da agência só permita mudanças em 2013).

Mamberti afirmou que a transição deverá ser pacífica.

"Todos nós, numa aceitação de mudança, colocamos nossos cargos à disposição da nova ministra. Essa é a posição dos secretários. A gente está passando as informações no sentido de que não haja relação traumática."

Colaborou ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER, de São Paulo

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