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Crítica

Velho Oeste de Anthony Mann não se divide em bons e maus

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Com Anthony Mann a história do Velho Oeste passa por transformações tão radicais quanto discretas. Como se pode ver em, por exemplo, "E o Sangue Semeou a Terra" (TCM, 15h25, 12 anos), o lugar já não se divide entre heróis impolutos e facínoras de nascimento.

O bandido de hoje pode se tornar o bom homem de amanhã, e vice-versa. Porque em Mann tudo gira em torno da comunidade. Ser herói é, na verdade, integrar-se à comunidade e saber servi-la.

Não porque ela seja perfeita, mas porque ela reproduz, em ponto pequeno, a ordem universal. Ela é parte de um todo e é preciso que a parte seja harmônica em relação ao todo, ao universo, à natureza, para se sustentar. Inútil insistir sobre a atualidade dessas ideias.

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