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Crítica drama

Produção uruguaia modesta declara amor às cinematecas

RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA

Em meio a tantos falsos brilhantes em cartaz no Brasil, o uruguaio "La Vida Útil", de Federico Veiroj, surge como uma pequena joia cinematográfica.

Um filme que é modesto na produção e rico em significados - portanto, o contrário da média oferecida atualmente nos cinemas.

Filmado em preto e branco, com poucos diálogos e ritmo lento, "La Vida Útil" é um filme de aventura -mas trata-se de uma aventura intelectual, cinéfila.

O protagonista é Jorge (interpretado pelo crítico de cinema Jorge Jellinek),um tipo solitário que dedicou 25 anos de sua vida à Cinemateca Uruguaia (onde o diretor do filme trabalhou, na chamada vida real).

Quando a Cinemateca passa a correr risco de fechar por problemas financeiros, Jorge arrisca uma cartada para mudar de vida: convidar uma frequentadora da Cinemateca para sair.

A trama é simples assim, mas comporta diversos registros. A princípio, "La Vida Útil" parece um filme de terror, no qual funcionários e espectadores da Cinemateca lembram fantasmas em uma casa mal-assombrada.

Depois vêm ação, musical, romance.

Por trás desse passeio por gêneros, há, claro, uma defesa da Cinemateca como guardiã da memória cinematográfica de um país. Mas o tom nunca é de lamúria: a vida continua, nos diz Veiroj, mesmo quando deixa de ser útil.

LA VIDA ÚTIL

PRODUÇÃO Uruguai, 2012
DIREÇÃO Federico Veiroj
COM Jorge Jellinek, Manuel Maryinez Carril, Paola Venditto
ONDE Reserva Cultural 4
CLASSIFICAÇÃO livre
AVALIAÇÃO bom

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