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'Faço humor para a família', diz Leandro Hassum sobre filme

Ator da Rede Globo é o protagonista do longa "Até que a Sorte nos Separe", comédia que estreia em todo o país

Em seu primeiro grande papel no cinema, ele diz não se incomodar com o rótulo de humorista inofensivo

IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

Leandro Hassum, 39, é aquele gordinho gente boa, que prefere fazer rir por alguma palhaçada do que por alguma grosseria. E ele não tem vergonha disso.

Famoso após estourar na Rede Globo, primeiro no "Zorra Total" e depois em "Os Caras de Pau", o bonachão se prepara agora para a primeira grande incursão no cinema, como o protagonista de "Até que a Sorte nos Separe", comédia que estreia hoje.

O filme segue o tipo de humor que tornou Hassum famoso -mais calcado nos trejeitos físicos, com muitas caretas e efeitos vocais, do que em textos ferinos.

"Meu humor é mais inofensivo mesmo", contou Hassum em entrevista à Folha.

"Faço humor para a família, influenciado por nomes como Os Trapalhões e Oscarito, mas também por Jerry Lewis e Jacques Tati."

E dá-lhe trombadas, gritos e outras "gags" bobas, às vezes engraçadas, como a imitação da clássica cena de dança de "Flashdance", que Hassum recria em "Até que a Sorte nos Separe".

No filme, o ator vive Tino, um milionário cafona que gasta toda a bolada que ganhou 15 anos antes na loteria e não sabe como dizer à mulher (Danielle Winits) que eles voltaram a ser pobres.

O longa é inspirado no best-seller de autoajuda "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", de Gustavo Cerbasi.

Hassum conta que o papel foi escrito para ele, moldado para a sua grande estreia no cinema, após participações menores em filmes como "Muita Calma Nessa Hora".

A aposta de ser um daqueles filmes "arrasa quarteirões" de bilheteria não deixa o ator ansioso.

"Foi passo a passo para chegar até aqui, então estou tranquilo."

Os primeiros passos foram dados em pequenos grupos de teatro amador na Ilha do Governador (RJ), onde ele nasceu e foi criado, passando pelo sucesso "Pluft - O Fantasminha Camarada" com o grupo Tablado, até as peças "Lente de Aumento" e "Nós na Fita", ao lado do parceiro Marcius Melhem.

VAIDADE

Vaidoso, Hassum tem um quê de seu personagem no filme. Gasta dinheiro em carros, joias e relógios.

Está em reeducação alimentar e já perdeu 20 kg.

Além de melhorar a saúde, diz, aos risos, que agora cabe nas roupas caras que gosta.

Mas garante que não quer ser magro. "Tenho o tipo do gordinho e sou feliz assim."

Recentemente, comprou uma casa em Miami, para onde foge sempre que pode com a mulher e a filha, de 12 anos.

Diz que gosta do anonimato da cidade, onde pode surfar e andar de skate sem ser incomodado.

Não que a fama o perturbe. Eles gosta de tirar fotos com fãs, de ser reconhecido.

"Estou onde sempre sonhei", afirma Hassum.

"Gosto da fama, de ser reconhecido. No fundo, todo artista quer ser aplaudido", admite sem nenhum traço de vergonha.

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