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Coleção Folha reencontra a sensibilidade de Chaplin

Em 'O Garoto', artista conta história de abandono com toques de humor

Lançado originalmente em 1921, filme é quarto volume de coletânea e chega às bancas no próximo domingo, 7/10

DE SÃO PAULO

Quando "O Garoto" estreou, na primavera de 1921, nem mesmo Charles Chaplin poderia imaginar a repercussão que o filme alcançaria.

O lançamento encerrou uma fase dolorosa em que o artista teve de enfrentar o fim turbulento de seu casamento com a atriz Mildred Harris e a morte de seu primeiro filho, Norman, que tinha apenas três dias de vida.

A fase também foi marcada pela transformação no status de Chaplin como artista. Enquanto seu nome tornava-se cada vez mais presente em cartazes de estreia de filmes de sucesso, o ator se estabelecia como um empresário sólido da indústria do cinema.

É sob essa atmosfera conturbada que Chaplin lança "O Garoto", longa em que o artista equilibra comédia e drama para tecer um perfil das fragilidades humanas.

O filme é o quarto volume da Coleção Folha Charles Chaplin, que será lançado no próximo domingo, 7/10.

Um bebê abandonado pela mãe desesperada é encontrado num terreno baldio por Carlitos, que ganha a vida como vidraceiro.

O menino cresce e se transforma em seu companheiro de malandragens. A dupla, porém, é ameaçada pelas autoridades, que podem levar a criança para um orfanato.

Juntos, eles tentam escapar da lei e reencontrar a mãe, agora uma cantora famosa.

Jackie Coogan, o menino que encantou o mundo, foi descoberto por Chaplin em um teatro de Los Angeles.

O garoto instantaneamente encantou o ator por conseguir ser doce, travesso e convincente nas cenas dramáticas e se tornou um dos grandes astros infantis da época.

Apesar das nítidas influências teatrais, o filme remete a romances de Charles Dickens (1812-70), como "Oliver Twist".

Dickens, que era inglês como Chaplin, contou histórias de abandono protagonizadas por crianças, vítimas das injustiças de seu tempo.

Ambos captaram a sensibilidade de seus personagens, que, apesar da realidade sombria, mantinham a esperança num mundo melhor.

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folha.com/no1156730

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