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Televisão

Prostituição de luxo será tema de nova série da HBO

Três garotas de programa empreendedoras vão protagonizar "O Negócio"

Na produção nacional que estreia em 2013, personagens não são vítimas e fazem porque querem e gostam

Divulgação
As atrizes Juliana Schalch (esq.) e Rafaela Mandelli
As atrizes Juliana Schalch (esq.) e Rafaela Mandelli

ALBERTO PEREIRA JR.
DE SÃO PAULO

Numa segunda-feira recente, o clube paulistano Lions estava lotado. Mas não dos moderninhos que costumam encher a casa noturna próxima à catedral da Sé.

A noite era dedicada à festa "Spice Deserts", cujas protagonistas -as sobremesas picantes do título em inglês- eram Karen, Luna e Magali e outras belas moças. Todas garotas de programa.

O movimento era para a gravação da nova série brasileira do canal pago HBO, "O Negócio", que estreia no ano que vem e vai tratar do universo da prostituição de luxo.

Criada por Luca Paiva Mello e Rodrigo Castilho, da produtora Mixer, conta a história de três garotas de programas empreendedoras.

"Elas estão em qualquer lugar, dentro de uma corporação, num cargo bom. Falam línguas, têm um nível de sofisticação. Não é mais aquele veludo vermelho do bordel do cais do porto", diz Paiva Mello, que é também diretor geral da série.

Misturando comédia romântica e um certo tom farsesco, "O Negócio" busca fugir dos estereótipos.

Em vez de mergulhar no universo real da prostituição, as três protagonistas focaram no mundo de alto luxo de São Paulo, onde a atração é ambientada. Também foram desencorajadas a consumir ficção voltada para o gênero.

"Elas não são vítimas. Fazem porque querem, gostam e escolheram a maneira como ganharão seu dinheiro", afirma Rafaela Mandelli, que vive a experiente Karen.

É ela quem recruta as duas sócias para abrir o negócio de que trata a série, a empresa Oceano Azul.

"A Karen é chiquérrima, determinada e batalhadora. Inventa uma nova oportunidade nesse mercado para não depender mais do seu cafetão [Guilherme Weber]."

Na outra ponta está Magali. Mais jovem, impulsiva e de temperamento explosivo.

"Ela era de uma família rica que faliu. Faz o que é muito mais comum do que se imagina: relaciona -se com os homens por uma troca de favores. Até que resolve fazer disso uma profissão", conta a atriz Michelle Batista, que interpreta a personagem.

A terceira é Luna, que tem uma vida dupla: enquanto a família enxerga nela uma doce estudante de administração, prostitui-se em busca de um marido rico. "É a mais romântica das três", define a intérprete Juliana Schalch.

As atrizes, escolhidas por teste, dizem encarar naturalmente as cenas de nudez.

Com uma hora de duração, cada um dos 13 episódios será relacionado a uma estratégia de marketing.

Num capítulo, elas contratam uma empresa de pesquisa para entender as demandas de seu público. Noutro, usam marketing de oportunidade e, em meio ao caos aéreo, oferecem os serviços a passageiros forçados a permanecer na cidade.

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