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Crítica

'Memórias do Cárcere' chegou no momento certo, em 1984

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Nelson Pereira dos Santos nunca se deu tão bem como adaptando Graciliano Ramos (1892-1953). Se, como em "Memórias do Cárcere" (Canal Brasil, 0h15, 14 anos), isso chega no momento certo, em 1984, com a ditadura agonizando, melhor ainda.

"Memórias" trata da outra ditadura, a de Getúlio Vargas, mas a ideia permanece, em linhas gerais, a mesma: a perseguição às ideias, a boçalidade policial, as prisões (não bem as mesmas: digamos que não se tem notícia de tortura selvagem na era Vargas como na ditadura de 1964).

A analogia é, em todo caso, obrigatória. E, para torná-la ainda mais completa, o "leitmotiv" do filme é a Marcha Solene Brasileira, uma bela metáfora dos equívocos, não raro trágicos, de nossos nacionalismos.

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