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Musical 'Alô, Dolly!' volta aos palcos após 46 anos

Peça com Miguel Falabella e Marília Pêra relembra versão de Bibi Ferreira

Dupla se une pela 1ª vez no teatro para contar encontro de comerciante com uma viúva casamenteira

VENCESLAU BORLINA FILHO
DO RIO

O ano era 1966. Bibi Ferreira subia no palco do teatro João Caetano, no Rio, para a primeira montagem brasileira de "Alô, Dolly!", musical baseado na peça "The Matchmaker - A Casamenteira" com texto de Michael Stewart e músicas de Jerry Herman.

Agora, passados 46 anos, o musical retorna ao país na versão de Miguel Falabella. O espetáculo estreia hoje no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, zona sul do Rio, e deve seguir em fevereiro para o Teatro Bradesco, em São Paulo.

Diretor-geral da peça,

Falabella também vai atuar. Ele será Horácio Vandergelder, um avarento, grosseiro e caipira comerciante de Yonkers, no Estado de Nova York (EUA), que contrata Dolly (Marília Pêra) para lhe arranjar uma esposa na capital.

É a primeira vez que os atores estão juntos no teatro. "Sempre quis contracenar com ele [Falabella]. É um parceiro muito elegante, cavalheiro. É raro quando um ator talentoso tem cavalheirismo", disse Marília.

Ambos os atores assistiram à primeira montagem com Bibi. "Disse para a minha avó: 'quero fazer isso da minha vida'", recorda Falabella.

Do texto original (de três horas e quinze minutos), Miguel Falabella disse ter tirado duas músicas "muito americanizadas". Restaram duas horas e um intervalo de 20 minutos. "Ficou um tempo excelente entre os dois atos".

Na história, Dolly apresenta Horácio Vandergelder a Irene Molloy, vivida pela atriz Alessandra Verney. Mas a personagem principal, sabendo do contratante rico, inicia uma série de armações para conquistar o bom partido e ficar milionária.

Falabella contou que não precisou adaptar as piadas da época para o período atual. O texto faz rir e a música-tema, cantada logo no começo do segundo ato pelo conjunto de atores e bailarinos (no total, são 29 em cena), é difícil de ser esquecida.

É quando Dolly entra pelo restaurante com um longo vestido de paetês. Ela é recebida por garçons usando fraque e pelo maître Rudolph, interpretado pelo filho de Marília, Ricardo Pêra. "Já estivemos 15 vezes juntos no palco", disse ela.

O cenário, de três níveis, tem no último piso um vitral. Todo o desenho e execução são dos artistas Renato Theobaldo e Roberto Rolnik. Os figurinos são assinados pelo estilista Fause Haten, que já colaborou em outros musicais como "O Mágico de Oz".

ALÔ, DOLLY!

QUANDO qui. e sex., às 21h; sáb., às 18 e 21h30; dom., às 19h; até 23/12
ONDE Teatro Oi Casa Grande (r. Afrânio de Melo Franco, 290; tel. 0/xx/21/2511-0800)
QUANTO de R$ 50 a R$ 190
CLASSIFICAÇÃO 10 anos

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