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Arte de somar garante o sucesso do Planeta Terra

Festival atrai tribos diferentes com Strokes, Gallagher, Goldfrapp e Criolo

THALES DE MENEZES, DE SÃO PAULO

Se o festival Planeta Terra, realizado no último sábado no Playcenter, em São Paulo, pudesse ser representado por uma fórmula, seria uma simples conta de somar.

Bandas que sozinhas não conseguiriam atrair grande público no Brasil foram colocadas no mesmo dia e no mesmo lugar, o que fez 20 mil ingressos serem vendidos em poucas horas.

A ausência de medalhões veteranos deu um corte "jovem" ao evento. O vovô do line-up era Liam Gallagher, 39, o ex-Oasis que veio com sua nova banda, Beady Eye.

Apesar de fechar o foco na faixa etária, musicalmente o Terra teve um pouco de tudo.

Teve a banda mais badalada da última década (Strokes) e um representante da mais badalada na década anterior (Liam Gallagher).

Teve grupo que acaba de ser capa do relevante semanário inglês "NME" (Bombay Bicycle Club) e grupo que já esgotou sua cota de hype sem ter estourado (Interpol).

Teve gente competentíssima, que sabe fazer show dançante e profissional (Goldfrapp), e gente esquisita que fez festa estranha (o "exótico" Gang Gang Dance).

Teve brasileiros com a tarefa chata de tocar sob o sol forte da tarde para um público ainda reduzido. Mas Criolo, o nome da vez, reverteu esse quadro começando o festival às 16h e agradando a um público entusiasmado que compareceu em peso.

Espécie de "mascote" dos festivais internacionais desta temporada, se comparado aos gigantes Rock in Rio e SWU, o Planeta Terra ganha o título de mais tranquilo e simpático.

O público circulou pelo Playcenter optando por shows em um dos dois palcos ou por uma volta em algum dos brinquedos do parque que funcionaram normalmente durante o festival.

A escalação das 15 bandas do evento mostrou mais acertos que erros. A aprovação do público foi comprovada pelo sucesso do palco secundário, o Indie, que não foi ofuscado pelo principal.

O único momento de desequilíbrio vitimou o bom Bombay Bicycle Club. Seu show no palco Indie ia bem quando o Strokes entrou no palco principal, atraindo quase todo o público.

No balanço final, cada atração teve sua cota de plateia a prestigiá-la. Pairando sobre todas, realmente sobrando na turma, o Strokes foi o único que reuniu todas as tribos.

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