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Crítica Show

Escondido atrás da banda, Ringo não empolgou

MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO
Helio Hilariao/Folhapress
Ringo Starr em apresentação no Credicard Hall, em São Paulo; show segue para Rio, Belo Horizonte, Brasília e Recife
Ringo Starr em apresentação no Credicard Hall, em São Paulo; show segue para Rio, Belo Horizonte, Brasília e Recife

No Brasil pela primeira vez aos 71 anos, Ringo Starr repetiu no sábado, no Credicard Hall, exatamente o set list do show que havia feito na quinta-feira, em Porto Alegre, com 22 números. A plateia de 6.000 pagantes (segundo a assessoria da casa) se empolgou em três momentos.
Na abertura, quando Ringo pisou no palco -afinal, não é sempre que temos um beatle entre nós. No meio, quando cantou "Yellow Submarine"(Lennon/McCartney). E no final, quando o astro se despediu com "With a Little Help from My Friends" (Lennon/McCartney).
Como nas formaturas, os amigos se abraçaram chorosos na plateia, tentando fazer valer os até R$ 700 investidos no ingresso.
No resto de tempo, o público parecia estar numa sala de cinema. Silêncio absoluto, nenhum movimento brusco.
Os comentários variavam entre "mas que saco, ele só fica lá atrás da bateria", "que horas vem uma música do tempo dos Beatles?" e "quem são esses caras cantando no show do Ringo?".
Muitos esperavam um show "de uma estrela só", como foi o de Paul McCartney. Mas Ringo veio com sua All-Starr Band, grupo que reúne artistas com algum histórico na música pop.
Todos são supostas estrelas, tiveram suas carreiras no passado e revezam o centro das atenções com o ex-beatle. Criada por Ringo em 1989, a banda muda sempre seus integrantes e já teve momentos melhores.
Para esta temporada no Brasil, vieram Edgar Winter (teclado), Wally Palmar (guitarra), Gary Wright (teclado), Rick Derringer (guitarra) e Richard Page (baixo). Na outra bateria estava Gregg Bissonette; no sax, Mark Rivera. Mas Ringo que é bom apareceu pouco.
Page foi o responsável pelo hit não beatle da noite: a baladona "Broken Wings", que explodiu nos rádios (e motéis) do mundo todo nos anos 80, na versão original de sua ex-banda, Mr. Mister.
Depois da temporada paulistana, o bailão do Ringão segue para o Rio, amanhã, Belo Horizonte, na quarta, Brasília, no dia 18, e Recife, no dia 20 de novembro.

RINGO STARR E ALL-STARR BAND
avaliação ruim

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