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Show com Augusto de Campos abre a Balada Literária

Homenageado deste ano, o poeta mostra 'Poemúsica' acompanhado de seu filho e de Adriana Calcanhotto

Evento segue até domingo com mesas literárias, exposições, música e poemas concretos espalhados

MARCIO AQUILES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Tem início hoje a Balada Literária 2011. Em sua sexta edição, o evento homenageia o poeta Augusto de Campos.
A abertura terá o homenageado ao lado do filho, Cid Campos, e da cantora Adriana Calcanhotto, na "showversa" "Poemúsica", às 21h, no Sesc Pinheiros (os ingressos estão esgotados).
"O show apresenta uma perspectiva da poesia concreta a partir da música. Um trabalho em que eu projeto a materialidade da poesia sem desprezar o significado. Coloco em evidência não só o aspecto visual mas também o sonoro", diz Augusto.
Na década de 1950, o artista lançou as bases da poesia concreta ao lado do irmão Haroldo de Campos (1929-2003) e de Décio Pignatari.
A poesia concreta absorveu elementos poéticos de autores do cânone literário, como Stéphane Mallarmé, Ezra Pound, James Joyce e e.e. cummings.
Augusto acaba de voltar ao Brasil, depois de ser homenageado na Bienal de Lyon e no festival de artes Europalia, na Bélgica.
"Não sou muito fã de homenagens, mas tenho que assumi-las. Estou mais preocupado em apresentar um tipo de trabalho que não encontra muitas possibilidades de ser exibido", afirma Augusto.

PROGRAMAÇÃO
O escritor Marcelino Freire, criador e curador da festa, destaca a intenção de celebrar os 80 anos do poeta.
"O homenageado sempre norteia a curadoria do evento. Cada balada tem sua cara", afirma Marcelino.
Buscando diálogo com o conceito "verbivocovisual" (que dá igual importância a palavra escrita, oralidade e aspecto gráfico de um texto), adotado pelos concretos, a balada terá eventos literários, musicais e de artes visuais.
"Teremos Jorge Mautner, criador do Movimento Kaos; Walter Franco, apadrinhado por Augusto numa época em que ninguém entendia sua música; e Glauco Mattoso, que não encontra Augusto há 18 anos", destaca Marcelino.
Todos os eventos (com exceção do show de abertura) têm entrada franca.
"Isso é outra marca do festival. Não usamos nenhuma lei de incentivo, temos apenas os apoiadores, que nos permitem realizar um evento gratuito", diz Marcelino.

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