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A história do manifesto

PUBLICADO PELA primeira vez no último domingo (18) pelo jornal "Le Monde", o manifesto de Camus deveria ter aparecido na edição de 25 de novembro de 1939 do jornal "Le Soir Républicain".

Coeditado por Albert Camus em Argel, o jornal se resumia a uma página frente e verso. Teve só 117 edições: em janeiro de 1940, foi proibido pelo governador de Argel.

Ao mesmo tempo que, em Paris, a imprensa denunciava a manipulação da informação feita por Hitler, os jornalistas da maior colônia francesa (que conquistaria sua independência em 1962) eram submetidos à censura oficial.

A contradição não escapou ao jovem Camus, então com 26 anos, que a denunciava em seus textos no "Le Soir Républicain".

Francês nascido na Argélia, pacifista engajado na luta pela liberdade em sua terra natal, o Nobel de Literatura de 1957 fez das contradições do colonialismo um dos pilares de sua ficção, em romances como "O Estrangeiro".

A repórter Macha Séry, do "Le Monde", localizou o texto nos Archives Nationales d'Outre-Mer, em Aix-en-Provence. Embora não esteja assinado, o texto teve sua autenticidade comprovada, afirmaram à Folha os herdeiros de Camus.

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