São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2010

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REPORTAGEM

Fidel não é carta fora do baralho

"O modelo cubano não funciona mais"




RESUMO
Em entrevista a Jeffrey Goldberg, o ex-ditador cubano Fidel Castro volta à cena política preparando mudanças no regime comandado por seu irmão Raúl. Afirma que o modelo cubano "não funciona mais", expressa sua discordância com o antissemitismo de Ahmadinejad e revela sua paixão secreta por golfinhos.

JEFFREY GOLDBERG
tradução PAULO MIGLIACCI
ilustração RAFAEL CAMPOS ROCHA

ALGUMAS SEMANAS ATRÁS, estava eu de férias quando meu celular tocou: era Jorge Bolaños, diretor do Escritório de Interesses Cubanos, em Washington (os Estados Unidos, é bom lembrar, não têm relações diplomáticas com Cuba). "Tenho um recado de Fidel para você", disse ele.
Isso fez com que eu me endireitasse na cadeira. "Ele leu o seu artigo sobre o Irã e Israel na revista 'Atlantic' e quer convidá-lo a visitar Havana no domingo que vem, para discutir o texto." Estou sempre disposto a interagir com os leitores da "Atlantic", claro, e por isso liguei para uma amiga no Conselho de Relações Exteriores, Julia Sweig, renomada especialista em assuntos cubanos e latino-americanos. "Pode fazer as malas", eu disse.
Não demorei a partir da República Popular da Ilha de Martha's Vineyard,1 rumo ao paraíso socialista e tropical da ilha de Fidel. A despeito da contraproducente proibição americana de viagens a Cuba, tanto Julia quanto eu, na condição de pesquisadores e jornalistas, nos qualificávamos para obter uma licença junto ao Departamento de Estado. O voo fretado de Miami a Havana estava lotado de americanos de ascendência cubana, levando TVs de tela plana e computadores para dar de presente a suas famílias na ilha, sem acesso à tecnologia.
Depois de 50 minutos de voo, chegamos ao quase deserto Aeroporto Internacional José Martí. O pessoal de Fidel nos recebeu na pista (mesmo tendo abandonado seu papel formal de "comandante en jefe" devido a uma doença, alguns anos atrás, Fidel ainda conta com uma vasta equipe de assessores). Logo chegamos a uma casa num complexo governamental cujo estilo arquitetônico me fez lembrar os condomínios fechados de Boca Raton, na Flórida. O único outro convidado que estava hospedado no vasto complexo era o presidente de Guiné-Bissau.

PREOCUPAÇÕES Eu sabia que a ameaça de confronto militar no Oriente Médio, entre Irã e EUA (bem como Israel, país que ele define como "gendarme" americano na região), se tornara uma das preocupações de Fidel. Depois de emergir de quatro anos de repouso médico (uma combinação de problemas gastrointestinais que quase o matou), Fidel, 84, vinha se dedicando primordialmente, já há algumas semanas, a falar sobre a ameaça catastrófica de uma guerra que vê como inevitável.
Eu estava curioso para descobrir por que ele vê o conflito dessa maneira, e pensei se a experiência pessoal -a crise dos mísseis de Cuba, em 1962, quase causou a aniquilação da maior parte da humanidade- seria a base para sua crença de que um conflito entre EUA e Irã se converteria em guerra nuclear.
Estava mais curioso, no entanto, para ver a fera de perto. Pouca gente teve essa oportunidade desde que ele adoeceu, em 2006, e seu estado de saúde é fonte de muita especulação. Também existem questões sobre seu papel atual no governo de Cuba; Fidel entregou formalmente o poder a seu irmão mais novo, Raúl, dois anos atrás, mas os limites de sua influência não são claros.
Na manhã seguinte à da nossa chegada, Julia e eu fomos levados de carro a um centro de convenções próximo e escoltados até um escritório amplo e pouco mobiliado, no andar superior. Frágil e envelhecido, Fidel se levantou para nos receber. Usava camisa vermelha, calça de moletom e tênis New Balance pretos.
A sala estava repleta de funcionários do governo e parentes de Fidel. Sua mulher, Dalia; seu filho, Antonio; um general do Ministério do Interior; um tradutor; um médico; e diversos seguranças, todos aparentemente recrutados na equipe cubana de luta greco-romana. Dois deles ajudavam Fidel a se manter em pé, segurando-o pelos cotovelos.

AUTOIRONIA Trocamos um aperto de mãos e ele cumprimentou Julia carinhosamente; os dois se conhecem há mais de 20 anos. Fidel se acomodou com cuidado na cadeira e iniciamos uma conversa que duraria, aos arrancos, três dias. O corpo dele pode estar frágil, mas a mente permanece aguda; seu nível de energia é alto, e isso não é tudo: o Fidel Castro pós-poder exibe certo senso de humor autoirônico.
Quando perguntei, durante o almoço, se a sua doença o havia levado a refletir sobre o que defino como "a questão Christopher Hitchens" -ou seja, se ele havia mudado de ideia quanto à existência de Deus, sua resposta foi: "Lamento, continuo a ser materialista dialético". (Isso é mais engraçado se você, como eu, for alguém que um dia já se descreveu como socialista.) Noutro momento, ele nos mostrou uma série de fotografias recentes; numa delas, ele aparece com uma expressão combativa. "Era essa a cara que eu fazia quando ficava zangado com o Khruschov", disse.
Fidel deu início ao nosso primeiro encontro me contando que lera com atenção meu recente artigo para a "Atlantic", e que o texto confirmava que EUA e Israel se encaminham de forma acelerada e gratuita a um confronto com o Irã. A interpretação não surpreende, claro: Fidel é o avô do antiamericanismo no mundo inteiro, sempre foi um severo crítico de Israel.
Seu recado ao premiê israelense Benjamin Netanyahu era simples: Israel só terá segurança se abrir mão de seu arsenal nuclear, e as demais potências nucleares do mundo também só estarão seguras caso abram mão dessas armas. O desarmamento nuclear mundial e simultâneo é decerto uma meta nobre, mas, em curto prazo, não se pode defini-la como realista.

AHMADINEJAD A mensagem de Fidel a Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã, não era tão abstrata, no entanto. Nessa primeira conversa, que durou cinco horas, Fidel retomou repetidas vezes suas críticas ao antissemitismo. Criticou Ahmadinejad por negar o Holocausto e explicou por que o governo iraniano serviria melhor à causa da paz caso reconhecesse a história "única" do antissemitismo e tentasse compreender por que os israelenses temem por sua existência.
Ele abriu essa discussão descrevendo seus primeiros contatos pessoais com o antissemitismo, quando era criança. "Lembro de quando era menino, muito tempo atrás, com cinco ou seis anos de idade, e morava no interior", disse. "Lembro da Sexta-Feira Santa. A atmosfera que uma criança respirava naquele dia era a de 'Silêncio, Deus morreu'. Deus morria todo ano, entre a quinta e o sábado da Semana Santa, e deixava todos muito impressionados. O que havia acontecido? E as pessoas respondiam que 'os judeus mataram Deus'. Atribuíam aos judeus a culpa pela morte de Deus! Percebe como era?"
Prosseguiu: "Bem, eu não sabia o que era um judeu; conhecia um pássaro que era chamado de 'judía', e para mim judeus eram aqueles pássaros. Eram aves de bico longo. Não sei por que tinham esse nome. É o que me lembro. Era esse o nível de ignorância da população inteira".

DIFAMAÇÃO Fidel afirmou que o governo iraniano deveria compreender as consequências do antissemitismo teológico. "Isso durou por talvez 2 mil anos", disse. "Não acredito que alguém tenha sido mais difamado que os judeus. Eu diria que foram muito mais difamados que os muçulmanos. Sofreram mais difamação do que os muçulmanos porque foram culpados e difamados por tudo. Ninguém culpa os muçulmanos por coisa nenhuma."
O governo iraniano deveria compreender que os judeus "foram expulsos de sua terra, perseguidos e maltratados no mundo inteiro, porque eram vistos como responsáveis pela morte de Deus. Na minha opinião, foi isso que aconteceu a eles: seleção reversa. E o que é seleção reversa? Ao longo de 2 mil anos, foram sujeitos a terríveis perseguições e 'pogroms'. Seria de presumir que desaparecessem; creio que sua cultura e religião os mantiveram unidos como nação".
E prosseguiu: "Os judeus viveram uma existência muito mais difícil que a nossa. Nada se compara ao Holocausto". Pergunto se diria a Ahmadinejad o que estava me dizendo. "Estou dizendo o que digo para que você divulgue", respondeu ele.
Fidel continuou, analisando o conflito entre Israel e Irã. Disse compreender os temores iranianos de agressão pelos israelenses e americanos, e acrescentou que, em sua opinião, as sanções dos EUA e as ameaças de Israel não dissuadirão a liderança iraniana de sua busca por armas nucleares. "O problema não vai ser resolvido, porque os iranianos não vão recuar diante de ameaças externas. É essa minha opinião", disse.
Em seguida apontou que, diferentemente de Cuba, o Irã "é um país profundamente religioso", e disse que líderes religiosos são menos propensos a compromissos. Enfatizou que até mesmo a laica Cuba resistiu a variadas exigências americanas ao longo dos últimos 50 anos.

GUERRA NUCLEAR Retornamos repetidamente, nessa primeira conversa, ao medo de Fidel de que um confronto entre o Ocidente e o Irã se agrave e se converta em conflito nuclear. "A capacidade iraniana de infligir danos não é levada em conta", disse. "Os homens acreditam que são capazes de se controlar, mas Obama pode reagir de forma extremada e uma escalada gradual se converter em guerra nuclear."
Perguntei se seu medo tinha por base as experiências que viveu durante a crise dos mísseis de Cuba, em 1962, quando EUA e União Soviética quase foram à guerra devido à presença de mísseis soviéticos dotados de ogivas nucleares em Cuba (instalados, é claro, a convite de Fidel Castro). Mencionei a carta que escreveu a Khruschov, o líder soviético, no auge da crise, na qual recomendava que os soviéticos lançassem um ataque nuclear contra os EUA caso os americanos invadissem Cuba.
"Esse seria o momento de pensar em liquidar para sempre esse perigo, exercendo o direito legal de autodefesa", escreveu Fidel na época.
Perguntei: "Houve um momento em que lhe parecia lógico recomendar que os soviéticos bombardeassem os EUA. Aquela sua recomendação continua a lhe parecer lógica hoje?". Ele respondeu: "Depois de tudo o que vi, e sabendo o que hoje sei, não é uma recomendação válida, de jeito nenhum".
Fiquei surpreso ao ouvir Fidel expressar tamanhas dúvidas sobre seu comportamento durante a crise dos mísseis -e, admito, também me surpreendi ao ouvi-lo expressar tamanha simpatia pelos judeus e pelo direito de Israel a existir (que ele endossou de maneira inequívoca).

ESTADISTA VETERANO Depois do primeiro encontro, pedi a Julia que explicasse o significado do convite de Fidel para que eu o visitasse e de sua mensagem a Ahmadinejad. "Fidel está começando a se reinventar como estadista veterano, não mais como chefe de Estado, no plano interno, mas principalmente no internacional, que para ele sempre foi uma prioridade", disse ela.
"Questões de guerra, paz e segurança internacional estão no foco. Proliferação nuclear, mudança climática -são essas as questões centrais para ele, e o processo apenas começou; Fidel está usando toda plataforma de mídia que seja capaz de mobilizar a fim de comunicar suas posições. Acabou dispondo de um tempo livre com o qual não contava. E está revisitando a História, e revisitando sua história pessoal."
Muita coisa estranha aconteceu na minha recente visita a Havana (além do show de golfinhos, sobre o qual falarei em breve), mas um dos aspectos mais incomuns foi o grau de reflexão autocrítica demonstrado por Fidel Castro. Tenho experiência limitada com autocratas comunistas (e experiência um pouco maior com autocratas não comunistas), mas me pareceu verdadeiramente notável que Fidel se dispusesse a admitir que jogou mal durante um momento crucial da crise dos mísseis de Cuba.
Mais notável ainda foi o que ele disse durante o almoço, no dia do nosso primeiro encontro. Estávamos sentados a uma mesa pequena -Fidel; a mulher dele, Dalia; o filho dele, Antonio; Randy Alonso, figura importante na mídia estatal cubana; e Julia Sweig, a amiga que levei para, entre outras coisas, garantir que eu não dissesse nada estúpido demais.

KREMLINOLOGIA Meu interesse inicial era principalmente ver Fidel comer -foi uma combinação de problemas digestivos que quase o matou, e por isso imaginei que o melhor seria proceder a uma "kremlinologia" intestinal e prestar atenção no que ele ingeria (vale mencionar que seu almoço consistiu em pequenas porções de peixe, salada e um pouco de pão com azeite, acompanhados por uma taça de vinho tinto).
Mas durante a conversa, em geral amena (havíamos acabado de passar três horas discutindo o Irã e o Oriente Médio), perguntei se ainda acreditava que o modelo cubano fosse digno de exportação. "O modelo cubano não funciona mais, nem mesmo para nós", ele disse.
Isso me pareceu como o mais extremo dos momentos Emily Litella.2 Será que o líder da revolução havia mesmo acabado de declarar que "ops, já era"?
Pedi que Julia interpretasse essa espantosa declaração. Ela afirmou que "ele não estava rejeitando as ideias da revolução. Entendi como um reconhecimento de que, sob o 'modelo cubano', o Estado tem papel grande demais na vida econômica do país".
Julia comentou que um dos efeitos desse sentimento poderia ser a criação de espaço para que Raúl, o irmão de Fidel que assumiu a Presidência de Cuba, conduza as reformas necessárias diante da inevitável resistência dos comunistas ortodoxos que restam no partido e na burocracia. Raúl Castro já está relaxando o domínio do Estado sobre a economia. Recentemente, anunciou que as pequenas empresas agora estão autorizadas a operar e que investidores estrangeiros poderão adquirir imóveis em Cuba.
(A piada desse anúncio, claro, é que os americanos não estão autorizados a investir em Cuba, e não por causa da política cubana: o obstáculo é a política dos EUA. Em outras palavras, Cuba começa a adotar o tipo de ideia econômica que os EUA por muito tempo exigiram que adotasse, mas os americanos não vão poder participar dessa experiência de liberalização de mercado devido ao estúpido e contraproducente embargo promovido pelo nosso governo. É algo que lamentaremos, evidentemente, quando os cubanos se associarem a europeus e brasileiros para adquirir os melhores hotéis.)

AGENDA LIVRE Mas não é esse o meu tema. Perto do final do longo e descontraído almoço, Fidel nos provou que está semiaposentado mesmo. O dia seguinte era segunda, e líderes máximos em geral dedicam os dias úteis a administrar sozinhos a economia de seus países, decretar a prisão de dissidentes e coisas parecidas. Mas a agenda de Fidel estava livre. "Que tal ir ao aquário comigo e ver o show dos golfinhos?", convidou.
Achei que não tivesse escutado direito. (Foi algo que aconteceu diversas vezes durante minha visita.) "O show dos golfinhos?"
"Golfinhos são animais muito inteligentes", disse Fidel.
Eu disse que na manhã seguinte tínhamos uma reunião com Adela Dworin, a líder da comunidade judaica cubana.
"Leve-a com você", disse Fidel.
Alguém na mesa mencionou que o aquário não funcionava às segundas-feiras. "Amanhã vai funcionar", disse Fidel.
E foi o que aconteceu.
No final da manhã seguinte, depois de apanhar Adela na sinagoga, nos encontramos com Fidel na entrada do aquário.
Ele beijou Adela, não incidentalmente, mas diante das câmeras (mais uma mensagem a Ahmadinejad, talvez).
Entramos juntos numa sala grande, de luz azulada, cuja parede dos fundos era formada por um tanque envidraçado para os golfinhos.
Fidel explicou longamente que o show dos golfinhos do aquário de Havana era o melhor do mundo, "completamente único", na verdade, porque acontece debaixo d'água. Três mergulhadores entram, sem tubos de oxigênio, e realizam complicadas acrobacias com os golfinhos. "Você gosta de golfinhos?", perguntou Fidel.
"Adoro golfinhos", disse eu.
Fidel chamou Guillermo García, o diretor do aquário (todos os funcionários do aquário, é claro, apareceram para trabalhar -"de modo voluntário", como me disseram), e o convidou a se sentar.
"Goldberg", disse Fidel, "faça perguntas sobre os golfinhos."
"Que tipo de pergunta?", indaguei.
"Você é jornalista, faça boas perguntas", ele disse, e depois se deteve. "Pois é, ele não sabe muita coisa sobre golfinhos", acrescentou, apontando para García. "Na verdade, é físico nuclear".
"É mesmo?", perguntei.
"Sou", respondeu García, em tom um tanto defensivo.
"Por que você dirige o aquário?", perguntei.
"Nós o pusemos aqui para impedi-lo de construir bombas atômicas!", disse Fidel, e caiu na risada.
"Em Cuba, só usaríamos a energia nuclear para fins pacíficos", disse García, sério.
"Não achei que estivesse no Irã", comentei.
Fidel apontou o tapetinho sob a cadeira especial que seus guarda-costas carregam para acomodá-lo.
"É persa!", disse, rindo de novo. Depois repetiu: "Goldberg, faça suas perguntas sobre golfinhos".
Era a minha vez de estar na berlinda. Voltei-me para García e perguntei: "Quanto pesa um golfinho?".
Ele respondeu que entre 100 e 150 quilos.
"Como vocês treinam os golfinhos para fazer o que fazem?", perguntei.
"Boa pergunta", comentou Fidel.
García convocou uma das veterinárias do aquário para ajudar a responder. O nome dela era Celia.
Minutos mais tarde, Antonio Castro me revelou o sobrenome dela: Guevara.
"Você é filha do Che?", eu perguntei.
"Sou."
"E trabalha como veterinária de golfinhos?"
"Cuido de todos os habitantes do aquário."
"O Che gostava muito de animais", comentou Antonio Castro.
O show estava para começar. As luzes foram diminuídas e os mergulhadores entraram na água.
Sem me esforçar demais para descrever, vou me limitar a dizer que, mais uma vez, e para minha surpresa, concordei com Fidel: o aquário de Havana oferece um show de golfinhos fantástico, o melhor que já vi -e, pai de três filhos que sou, já assisti a vários shows de golfinhos.
Tenho o seguinte a acrescentar: jamais vi alguém se divertir tanto num show de golfinhos quanto Fidel Castro.


Notas
1. Ilha da Costa Leste dos EUA, tradicional balneário da elite americana.
2. Emily Litella: personagem surda do programa de TV humorístico "Saturday Night Live", que fazia pronunciamentos politicamente incorretos.

© 2010 The Atlantic Media Co., publicado em "The Atlantic Magazine". Todos os direitos reservados. Distribuído por Tribune Media Services.

O corpo dele pode estar frágil, mas a mente permanece aguda; seu nível de energia é alto, e isso não é tudo: o Fidel Castro pós-poder exibe certo senso de humor autoirônico

"O modelo cubano não funciona mais, nem mesmo para nós", ele disse. Será que o líder da revolução havia mesmo acabado de declarar que "ops, já era"?


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